Monday, December 31, 2007

Ano Velho, Ano Novo




Boas entradas e um 2008 em grande.

Traduções Fictícias

Confesso que tiro o meu chapéu a quem faz (boa) tradução de humor. Tirando a tradução de poesia, teatro e outros géneros literários, não deve haver subgénero em que a tensão latente entre o original e o texto traduzido seja tão presente e, ao mesmo tempo, tão intensa, algures no limiar do intraduzível. Para além dessa fronteira ténue que separa duas (ou mais) realidades tão distintas e, no entanto, tão próximas, para além dessa linha tensa que segura o texto por entre jogos de sentido, por entre o dito, o não-dito e o entre-dito, há um novo corpo dinâmico e funcional que ganha forma e contornos outros, fruto de um combate simultaneamente feroz e dócil, espécie de luta corpo-a-corpo, onde as perdas e ganhos, as equivalências, adaptações e compensações mais não são do que instrumentos ao serviço desse milagre perpétuo e sublime da transformação, metamorfose e regeneração textual.
Ao sabor dos trocadilhos, implícitos, referências culturais, intertextos, alusões, metáforas e subentendidos, há algo que, ainda assim, se destaca na tradução de humor: o direito inalienável de rir e fazer rir com inteligência, esse exercício de cidadania tão arredado do nosso quotidiano, que é o sentido de humor fino e puro, essa saudável capacidade de rir e sorrir de nós, connosco e com os outros, experiência terapêutica e catártica de partilha onde a tríade autor-tradutor-leitor se une e comunga de um mesmo desígnio comum e intemporal.
Não falando dos incontornáveis Monty Python, Seinfelds e respectivos spinoffs, gostaria de destacar 2 das séries que me têm feito companhia por entre mudas de fraldas e biberões, madrugada adentro, lá pela calada da noite: Little Britain e Smith & Jones

Músicas do Mundo




Conselho do dia para aficionados da "chamada world music, folk, música tradicional, étnica e as suas margens e fusões", etc. e tal




Saturday, December 29, 2007

Ganda som!




Um dos melhores discos de 2007

Sharon Jones & The Dap-Kings

"100 Days, 100 Nights"

Retrato de família: O meu tríptico portátil pessoal e tecnologicamente versátil, versão digital para o século XXI





Da Maria Beatriz

O riso dos tradutores (Jorge Silva Melo dixit)

Uma bela homenagem aos tradutores, por quem sabe e sente como nós...

Crónica "O riso dos tradutores", publicada no jornal Público de 31 de Maio de 2003, na rubrica Fora de Mercado


"Eureka!", proclamam e, a meio da noite, correm pela casa e, se pudessem, pelas ruas. São assim, Arquimedes, infantis, os tradutores. Eu gosto de os ver, enfronhados em dicionários, velhas edições, sabendo que é provisório o seu trabalho, riscando provas, consultando especialistas (o Jaime Rocha na Federação do Boxe, eu, na Portugália, a ver nomes de vasilhame, o José Lima a conferir comigo títulos de peças...), maníacos com as formas de cortesia (como agradeceram ao prof. Cintra a sistematização que publicou nos Livros Horizonte), comprando os mais estranhos instrumentos ("tenho um dicionário de termos náuticos!", diz-me o António Gonçalves, tradutor de Torrente Ballester, "mas fartei-me de telefonar para o Museu", "um dicionário de 'argot' raro e isso não vem", queixava-se o Manuel João Gomes), dedilhando impossíveis contagens e elisões (o Manuel Resende e o seu nunca por demais louvado "Coriolano") e a descoberta de erros ("no original, havia gralhas"/na Pauvert, não traduziram as dificuldades, saltaram..."/"o autor esqueceu-se, ela estava grávida há dois anos e ainda não teve a criança?"), conhecendo como ninguém as voltas da escrita.

Às vezes entristecem, depois de dúvidas doridas, encolhem os ombros ("maldita polissemia, olha, fica um dos sentidos") ou resignam-se a notas que logo fenecem. Num Mailer que ali tenho, "Praia da Barbaria", de 1961, Rui Costa precisou de pôr uma destas desprezadad notas para "cafetaria" ("misto de café e 'snack-bar' muito frequente nas cidades americanas", acrescentou ele para nós, que só sabíamos do copo de três no Val do rio).

E gritam de fúria com as gralhas. Tremia-lhe a voz, ao Francisco Frazão ao ver a sua tradução do "Primeiro Amor" metida na ortodoxia da pontuação pelas vírgulas e pontos com que iletrado revisor polvilhou o fraseado oblíquo de Beckett.

Mas não esqueço o riso do Francisco ao descobrir que "cenoura albina" pode ser "pastinaga". o que ria ele e o Miguel Borges ao encontrarem "procrastinar". O que a Luiza Neto Jorge ria, no café da Mata da Caparica, anotando o seu Verlaine inicialmente publicado na &etc. e agora na Assírio ("Hombres"), o que ela ria com as maroteiras com que torneava as dificuldades da linguagem pornográfica do Virgem Doida. O que ríamos com as descobertas que fez na "Salada Cómica" de Karl Valentin. O que ainda ri o Vítor Palla ao falar-me ao telefone da sua espantosa tradução do Damon Runyon: "Isso foi uma paródia de amigos." O que ainda ri o Artur Ramos ao lembrar-se de como o José Palla e Carmo lhe traduziu o "Tango des Abattoirs" de Boris Vian: "Já estou farto de beijos/de desejos/de despejos/passa a aguardente/já estou farto de ser hetero/com mulheres/a quilo/a metro/passa a aguardente."

E como gostam de partilhar as descobertas. "Sabes como fiz?" Olhem-me este "mail" de Alessandra Serra, a tradutora italiana de Pinter, acerca do "Sarilho as Obras", com a sua temível enumeração de ferramentas que nenhum AKI satisfará: "Fuia a uma enciclopédia, à voz 'hidráulica' e pus-me a inventar a partir daquelas palavras, tentando manter-me dentro do tema. Faz isso e vais ver que te divertes."

Por isso gosto deles, do sorriso da Fernanda Pinto Rodrigues, lembro-me tão bem da sua claridade num programa de televisão, quando é que a sociedade civil a levará lá de novo? E exultei quando Zita Seabra me descobriu na Bertrand o Salinger traduzido pelo Sttau e o Vasco Pulido Valente (reedição, já!).

E todo eu tremi, no outro dia, ao descobrir numa gaveta as primeiras 17 páginas da "Andrómaca" de Racine que a Luiza ia traduzir: "Pois quê? A vossa ira ainda é persistente?/Pode odiar-se tanto?/E castigar somente?"

Um desejo para a Feira que abre agora: esgotem as "Novas Impressões de África" do Raymond Roussel (Fenda) na tradução da Luiza Neto Jorge, esgotem-na e tenham-na, como eu tenho, desde o dia em que a Luiza morreu, à cabeceira.

Para não pararmos de rir com a Luiza o seu maravilhoso riso sibilino.

Nós e a imprensa (Danilo Nogueira dixit)




Nem de propósito... Este post vem mesmo a calhar.
Porque este senhor, pelo contrário, está cheiinho de razão.

Matando o mensageiro (Joel Neto dixit)

Joel Neto, sobre os tradutores, na sua coluna de opinião "Muito Bons Somos Nós".

Discutível, no mínimo. Mas não posso dizer que o homem, lá no fundo, não tem a sua ponta de razão.

Friday, December 28, 2007

Os donos da bola (outro exercício de tradução especializada)



Experimentem traduzir este artigo com igual souplesse e finesse, adaptando-o (ou melhor, localizando-o) ao nosso futebolês.

Vão ver que a gíria futebolística, a beleza enleante da frase, o estilo invulgar, a técnica poderosa e a terminologia/fraseologia especializadas são comuns aos dois sistemas referenciais, desportiva e culturalmente falando, é claro.

Advice to translators: Deixa-te de lamúrias e faz-te à vida

Um dos muitos conselhos que retive da última conferência de Chris Durban na Universidade do Minho (Outubro de 2007). Sem dúvida, uma das experiências pessoais mais marcantes do ano que agora finda.


Beware the Poverty Cult!
"Definition: When one indulges in wailing and gnashing of teeth about poor translator visibility while throwing in the towel and doing nothing oneself."

Poverty cult members complain bitterly about media depictions of translators, while never ever making the effort to correct those erroneous perceptions—even to the extent of becoming participants in their own self-destruction.

Má língua 1

Mais um exemplo do estado da nação... ou o que se diz por aí (mal) sobre os tradutores.

Uma boa prenda de Natal (talvez para o ano, ou nos Reis)



Beckett on Film


Este já cá canta. Uma colecção de 19 filmes, inspirados na obra de Beckett. As peças do dramaturgo irlandês transpostas para televisão. Um documento ímpar.



O sonho americano (revisitado)

E por falar em Oeste...


Um álbum, a banda sonora ideal para outras paragens, mais inóspitas e desertas. Impossível ficar insensível a perólas como "Mexican Radio" ou "Lost Weekend". Nada foi (será) como dantes.





Call of the West, Wall of Voodoo

Um livro: "Written in the West"

Este é o texto de apresentação de um livro de fotografia sobre o Oeste americano que ando a pedir ao Pai Natal há um bom par de anos... Pela evocação do filme e pelo olhar fascinante sobre uma paisagem que ainda hoje, povoa o meu imaginário.

"In 1983, Wim Wenders travelled through the American West in search of locations for the shooting of "Paris, Texas". In the process, he produced an impressive sequence of photos of the country, glimpsed with the professional - and at the same time personal - eye of one of the greatest German directors of our time."

Written in the West, Wim Wenders (1983)

A vírgula - Breve exercício de tradução



Há anos que andava à procura deste texto. Digamos que era uma espécie de texto de estimação, um daqueles textos que sempre me marcou, pela forma como era viciantemente trabalhoso e volátil, resistindo, hesitante e inquieto à sua fixação... nessa luta corpo a corpo que com ele travava durante o processo de tradução. E, no entanto, sempre tão presente, e sempre tão constante, fruto dessa afinidade e proximidade cúmplices que juntos fomos construindo.

Li-o e traduzi-o em contexto de aula vezes sem conta. Era uma espécie de fiel companheiro em todas as minhhas aulas de introdução à tradução, pela sua multiplicidade de sentidos ocultos, pelo mero exercício de virtuosismo diletante, por ser intrincadamente difícil, estilisticamente floreado, prosodicamente imprevisível, culturalmente rebuscado e, ao mesmo tempo, tão actual e linear, simples e despojado, cheio de alusões, intertextos, espaços vazios de sentido à espera da sua revelação.

Entretanto, o mundo deu várias voltas e a crónica de Pico Iyer perdeu-se num montão de papéis encharcados, vítima de uma certa cheia de Inverno que inundou a minha garagem. Hoje, recuperei-o graças ao Google e à Time e, por isso mesmo, quero guardá-lo neste meu baú das recordações, onde a memória se alimenta e os sentidos repousam.



Monday, Jun. 13, 1988
In Praise of the Humble Comma
By Pico Iyer


The gods, they say, give breath, and they take it away. But the same could be said -- could it not? -- of the humble comma. Add it to the present clause, and, of a sudden, the mind is, quite literally, given pause to think; take it out if you wish or forget it and the mind is deprived of a resting place. Yet still the comma gets no respect. It seems just a slip of a thing, a pedant's tick, a blip on the edge of our consciousness, a kind of printer's smudge almost. Small, we claim, is beautiful (especially in the age of the microchip). Yet what is so often used, and so rarely recalled, as the comma -- unless it be breath itself?
Punctuation, one is taught, has a point: to keep up law and order. Punctuation marks are the road signs placed along the highway of our communication -- to control speeds, provide directions and prevent head-on collisions. A period has the unblinking finality of a red light; the comma is a flashing yellow light that asks us only to slow down; and the semicolon is a stop sign that tells us to ease gradually to a halt, before gradually starting up again. By establishing the relations between words, punctuation establishes the relations between the people using words. That may be one reason why schoolteachers exalt it and lovers defy it ("We love each other and belong to each other let's don't ever hurt each other Nicole let's don't ever hurt each other," wrote Gary Gilmore to his girlfriend). A comma, he must have known, "separates inseparables," in the clinching words of H.W. Fowler, King of English Usage.
Punctuation, then, is a civic prop, a pillar that holds society upright. (A run-on sentence, its phrases piling up without division, is as unsightly as a sink piled high with dirty dishes.) Small wonder, then, that punctuation was one of the first proprieties of the Victorian age, the age of the corset, that the modernists threw off: the sexual revolution might be said to have begun when Joyce's Molly Bloom spilled out all her private thoughts in 36 pages of unbridled, almost unperioded and officially censored prose; and another rebellion was surely marked when E.E. Cummings first felt free to commit "God" to the lower case.
Punctuation thus becomes the signature of cultures. The hot-blooded Spaniard seems to be revealed in the passion and urgency of his doubled exclamation points and question marks ("Caramba! Quien sabe?"), while the impassive Chinese traditionally added to his so-called inscrutability by omitting directions from his ideograms. The anarchy and commotion of the '60s were given voice in the exploding exclamation marks, riotous capital letters and Day-Glo italics of Tom Wolfe's spray-paint prose; and in Communist societies, where the State is absolute, the dignity -- and divinity -- of capital letters is reserved for Ministries, Sub-Committees and Secretariats.
Yet punctuation is something more than a culture's birthmark; it scores the music in our minds, gets our thoughts moving to the rhythm of our hearts. Punctuation is the notation in the sheet music of our words, telling us when to rest, or when to raise our voices; it acknowledges that the meaning of our . discourse, as of any symphonic composition, lies not in the units but in the pauses, the pacing and the phrasing. Punctuation is the way one bats one's eyes, lowers one's voice or blushes demurely. Punctuation adjusts the tone and color and volume till the feeling comes into perfect focus: not disgust exactly, but distaste; not lust, or like, but love.
Punctuation, in short, gives us the human voice, and all the meanings that lie between the words. "You aren't young, are you?" loses its innocence when it loses the question mark. Every child knows the menace of a dropped apostrophe (the parent's "Don't do that" shifting into the more slowly enunciated "Do not do that"), and every believer, the ignominy of having his faith reduced to "faith." Add an exclamation point to "To be or not to be . . . " and the gloomy Dane has all the resolve he needs; add a comma, and the noble sobriety of "God save the Queen" becomes a cry of desperation bordering on double sacrilege.
Sometimes, of course, our markings may be simply a matter of aesthetics. Popping in a comma can be like slipping on the necklace that gives an outfit quiet elegance, or like catching the sound of running water that complements, as it completes, the silence of a Japanese landscape. When V.S. Naipaul, in his latest novel, writes, "He was a middle-aged man, with glasses," the first comma can seem a little precious. Yet it gives the description a spin, as well as a subtlety, that it otherwise lacks, and it shows that the glasses are not part of the middle-agedness, but something else.
Thus all these tiny scratches give us breadth and heft and depth. A world that has only periods is a world without inflections. It is a world without shade. It has a music without sharps and flats. It is a martial music. It has a jackboot rhythm. Words cannot bend and curve. A comma, by comparison, catches the gentle drift of the mind in thought, turning in on itself and back on itself, reversing, redoubling and returning along the course of its own sweet river music; while the semicolon brings clauses and thoughts together with all the silent discretion of a hostess arranging guests around her dinner table.
Punctuation, then, is a matter of care. Care for words, yes, but also, and more important, for what the words imply. Only a lover notices the small things: the way the afternoon light catches the nape of a neck, or how a strand of hair slips out from behind an ear, or the way a finger curls around a cup. And no one scans a letter so closely as a lover, searching for its small print, straining to hear its nuances, its gasps, its sighs and hesitations, poring over the secret messages that lie in every cadence. The difference between "Jane (whom I adore)" and "Jane, whom I adore," and the difference between them both and "Jane -- whom I adore -- " marks all the distance between ecstasy and heartache. "No iron can pierce the heart with such force as a period put at just the right place," in Isaac Babel's lovely words; a comma can let us hear a voice break, or a heart. Punctuation, in fact, is a labor of love. Which brings us back, in a way, to gods.





Wednesday, December 26, 2007

Kilkelly (esta palavra "saudade")


Kilkelly
(Peter Jones)


Kilkelly, Ireland, 1860, my dear and loving son John
Your good friend schoolmaster Pat McNamara's so good
as to write these words down.
Your brothers have all got a fine work in England,
the house is so empty and sad
The crop of potatoes is sorely infected,
a third to a half of them bad.
And your sister Brigid and Patrick O'Donnell
are going to be married in June.
Mother says not to work on the railroad
and be sure to come on home soon.


Kilkelly, Ireland, 1870, my dear and loving son John
Hello to your Mrs and to your 4 children,
may they grow healthy and strong.
Michael has got in a wee bit of trouble,
I suppose that he never will learn.
Because of the darkness there's no turf to speak of
and now we have nothing to burn.
And Brigid is happy you named a child for her
although she's got six of her own.
You say you found work, but you don't say
what kind or when you will be coming home.


Kilkelly, Ireland, 1880, dear Michael and John, my sons
I'm sorry to give you the very sad news
that your dear old mother has gone.
We buried her down at the church in Kilkelly,
your brothers and Brigid were there.
You don't have to worry, she died very quickly,
remember her in your prayers.
And it's so good to hear that Michael's returning,
with money he's sure to buy land
For the crop has been poor and the people
are selling at any price that they can.


Kilkelly, Ireland, 1890, my dear and loving son John
I suppose that I must be close on eighty,
it's thirty years since goodbye.
Because of all of the money you send me,
I'm still living out on my own.
Michael has built himself a fine house
and Brigid's daughters have grown.
Thank you for sending your family picture,
they're lovely young women and men.
You say that you might even come for a visit,
what joy to see you again.


Kilkelly, Ireland, 1892, my dear brother John
I'm sorry I didn't write sooner to tell you, but father passed on.
He was living with Brigid, she says he was cheerful
and healthy right down to the end.
Ah, you should have seen him play with
the grandchildren of Pat McNamara, your friend.
And we buried him alongside of mother,
down at the Kilkelly churchyard.
He was a strong and a feisty old man,
considering his life was so hard.
And it's funny the way he kept talking about you,
he called for you in the end.
Oh, why don't you think about coming to visit,
we'd all love to see you again.


Vídeo disponível em

Por que será que ninguém se lembrou de fazer uma música sobre a A3?

Uma canção para os verdadeiros cavaleiro do asfalto (portagens e radares incluídos)

"Ventura Highway" dos America

http://br.youtube.com/watch?v=KnhKcCwZwl8

Sunday, December 23, 2007

A Norma EN 15038 (se a ASAE descobre este filão...)

A norma europeia EN 15038 visa certificar os serviços de tradução em conformidade, através de um processo de auditoria independente, não se limitando apenas a certificar a existência de um sistema de gestão da qualidade, mas também a implementação e o cumprimento de uma série de requisitos e procedimentos necessários, em que a tónica seria colocada no produto e na elevada qualidade do serviço prestado pelos próprios TSPs.
Pretende-se identificar uma consonância de perspectivas que uniformizem as práticas da indústria e profissão, de forma a contribuir para a eventual clarificação de questões relacionadas com a profissionalização dos serviços.
Estes são alguns dos objectivos que presidem à implementação da norma: o aumento da consciencialização, sensibilização e transparência na oferta, a maior clareza nas relações entre o cliente e o fornecedor/prestador de serviços de tradução, a definição clara do âmbito e abrangência das relações estabelecidas e, ao mesmo tempo, o estabelecimento de parâmetros claros de regência dos procedimentos profissionais, o estabelecimento de regras claras ao nível da relação entre as empresas de tradução e os tradutores individuais que com elas trabalham em regime de colaboração ou subcontratação e, por último, um melhor entendimento das tarefas envolvidas na definição e prestação de um serviço de tradução de elevada qualidade, fomentando e desenvolvendo, ao mesmo tempo, uma cultura organizacional colaborativa entre as empresas aderentes aos seus requisitos normativos.
A “Norma sobre os Serviços de Tradução EN 15038” apresenta alguns pontos que importa equacionar. Desde logo, e à partida, o próprio conceito de tradutor acaba por ser totalmente redefinido através da introdução da nomenclatura TSP ou Translation Service Provider (Fornecedor de Serviços de Tradução), ou seja, “a person or organisation supplying translation services” (EN 15038:2006, alínea 2.18, pág. 6) e, sobretudo, estabelecendo a distinção entre esse translation service provider (TSP) e o tradutor, este último como “person who translates (2.17), no sentido simplificado de “render information in the source language into the target language in written form.” (EN 15038:2006, alínea 2.17, pág. 6).

A norma europeia especifica ainda os requisitos básicos para o TSP (Translation Service Provider) relativamente aos recursos técnicos e humanos, gestão e política ou práticas de qualidade, gestão de projectos, estrutura contratual, a relação cliente/TSP, bem como os procedimentos envolvidos na prestação de um serviço de qualidade, abordando parâmetros e rubricas diferenciadas, como, por exemplo: serviços de valor acrescentado, locale, linguagens controladas, gestão de projectos, gestão da qualidade, pré-edição, pós-edição; checking, reviser/proofreading; reviewer/review, project registration details ou diário do projecto, project registration, project assignment, guia de estilo, entre outros.
De igual forma, a norma EN15038 para os Serviços de Tradução estabelece toda uma série de requisitos básicos necessários para o perfil do futuro tradutor, nos quais são incluídas e descritas algumas valências e competências como, por exemplo, Gestão dos recursos humanos, Competências translatórias, Competência linguística e textual na LP e LC, Competência de investigação, aquisição e processamento da informação, Competência cultural, Competência interpessoal, Competência técnica e Competências profissionais.

(extraído de "Quase tudo o que eu (sempre) quis saber sobre tradução : kit de sobrevivência", disponível em http://hdl.handle.net/1822/5890)

Dá que pensar... (Boas Festas incluídas)

Moralismos à parte, por que não parar um pouco para vermos as figuras tristes que muito boa gente anda por aí a fazer?



Thursday, December 20, 2007

Jangadas de pedra





(...) Quando penso no processo e no acto de tradução, utilizo muitas vezes a metáfora geológica da tectónica de placas, para descrever o tipo de acções e transformações que o processo de tradução opera na camada e estrutura do texto. Em termos geológicos, uma placa é um segmento rígido da crosta terrestre constituído por rocha sólida. A palavra tectónica encontra a sua raiz no grego como o equivalente vernacular do significado do verbo construir. Juntando estas duas palavras obtemos a designação de "tectónica de placas", que se refere à ideia de que a superfície da Terra é construída por placas. Assim, numa perspectiva simplificada, podemos considerar que a teoria da tectónica de placas sustenta que a camada mais exterior da Terra, a crosta, se encontra fragmentada em placas de diferentes dimensões, que se movem umas em relação às outras ao deslizar sobre material mais quente e móvel do interior da Terra.
Se, entretanto, transpusermos esta nomenclatura para o nível textual, a questão da fragmentação permite entender o texto como algo dinâmico e móvel e compreender a forma como os processos de tradução ocorrem, tornando-se clara a noção de que toda a superfície do texto se encontra em contínua mutação e, tal como o movimento dos continentes, o tradutor é confrontado com um texto à deriva, repleto de cristas, depressões e falhas transformantes, fruto desse movimento convergente e divergente de placas. Tal como a superfície terrestre, a superfície do texto encontra-se, por isso, fragmentada em enormes placas - placas litosféricas - cuja posição e tamanho variam ao longo dos tempos. As extremidades destas placas, devido à interacção que se estabelece entre as mesmas, constituem locais de intensa actividade geológica, sobretudo sísmica e vulcânica.
Continuando com a metáfora geológica, é um dado adquirido que, durante o processo de tradução, o texto resiste, espera, adia a revelação do seu sentido. Tal como toda a prática artística ou científica há sempre uma rejeição, retracção, repulsa e resistência iniciais que é necessário e urgente ultrapassar. Porém, depois de ultrapassar essas barreiras, de transpor essa dimensão outra em que o texto se revela, é possível aceder ao que de mais íntimo nele corre, vencendo a resistência, limando arestas, burilando conceitos, depurando, partindo pedra, escavando, mergulhando no magma orgânico e, qual geólogo, proceder ao exame desses níveis, subníveis, estratos, subestratos ocultos e, ao mesmo tempo, interpretar esses marcos de sinalização dispostos ao longo do percurso, classificando, rotulando, analisando, desvelando sentidos, formas e conteúdos, detectando, lendo e medindo intensidades e interpretando os abalos sísmicos. Descodificando e aferindo os graus de tensão e distensão, o impacto da deformação do texto, a sua expansão ou contracção, dilatação ou redução, as suas rachas, os seus ecos, reverberações e sombras, como se de um sismólogo se tratasse, nessa busca incessante de uma transcendência imanente.
Por isso, também o acto de traduzir pode ser encarado como um abalo telúrico que produz inevitavelmente uma multiplicidade de fendas e fissuras na camada do texto e que, tal como num jogo de intensidades, divisões, tensões, avanços e recuos, cada elemento, micro ou macro textual luta por alcançar um ascendente ou protagonismo sobre os restantes, reflectindo-se nas inevitáveis e permanentes mudanças na tectónica do texto, afinal as diferentes manifestações da tradução inscritas no mapa do texto (...)

Wednesday, December 19, 2007

Obrigado, João!

Se a moda pega...




Em terras de Sua Majestade, o governo lembrou-se de "apertar o cinto" e vai daí corta nas traduções. Ao que parece, o dinheiro gasto em traduções é mal empregue e completamente desnecessário, porque ninguém lê o que se traduz, ou seja, ninguém consome este produto.
E em tempos de "lean production", vacas magras e quejandos, aperta-se o cinto e sacrifica-se o elo mais fraco.

Notícias disponíveis em

Monday, December 17, 2007

A Língua Enxertada




A Grafted Tongue (John Montague)

(Dumb,
Bloodied, the severed
head now chokes to
speak another tongue:--

As in
a long suppressed dream,
some stuttering, garb—
led ordeal of my own)

An Irish
child weeps at school
repeating its English.
After each mistake

The master
gouges another mark
on the tally stick
hung about its neck

Like a bell on a cow, a hobble
on a straying goat.
To slur and stumble

In shame
the altered syllables
of your own name;
to stray sadly home

And find
the turf cured width
of your parent’s hearth
growing slowly alien:

In cabin
and field, they still
speak the old tongue.
You may greet no one.

To grow
a second tongue, as
harsh a humiliation
as twice to be born.

Decades later,
that child’s grandchild’s
speech stumbles over lost
syllables of an old order.

Enxertias




E, no entanto, a tradução torna-se um texto‑enxerto que ‘pega’, isto é, que se enraiza no seu novo meio e nele tece laços orgânicos. Por isso, a tradução apresenta-se também como metáfora do enraizamento e da forma como esse texto enxertado é transplantado e aprende a germinar, ou seja, sobreviver, num ambiente linguístico e cultural estranho diferente do seu ecossistema dinâmico de origem, composto por um conjunto de “corpos estranhos provenientes dum espaço textual diferente” que foram transplantados para um novo ecossistema, fragmentos de um texto mais vasto de onde foram arrancados, como blocos erráticos circulando sem origem nem fim.
Tal como o tradutor, o texto e a palavra mostram-se, por conseguinte, entidades desenraizadas num contexto de errância pautado pela ausência de fixação e de barreiras. Perante os sentidos de desenraizamento na escrita, os textos‑outros encontrados na tradução funcionam como elementos potenciadores da “re‑locação” do sujeito e dotadores de uma maior confiança identitária. De facto, ao considerarmos esses “textos‑outros” como fragmentos dotados de mobilidade ou, mais concretamente, enxertos, obteremos a condição essencial para que os mesmos possam, simultaneamente, exercer uma função contaminadora e disseminadora da palavra num outro solo. De facto, a partir do momento em que o texto se estilhaça, o fragmento passa a ser agente contaminador, encarado não como uma entidade fechada, mas sim como um corpo autónomo e estruturante benjaminiano.

Wednesday, December 12, 2007

TAC - A Tradução Assistida por Computador




Nas minhas deambulações pela net, encontrei este interessante estudo sobre Machine Translation, e quejandos, intitulado How Good Is Machine Translation? A Modest Test, da autoria de Don dePalma.
Disponível em http://globalwatchtower.com/2007/10/30/mt-shootout/

Sunday, December 02, 2007

Mais um sítio para aliviar o stress

O dia em que o São Zizou enfrentou a sua besta negra

http://img122.imageshack.us/my.php?image=zidane18ub.swf

Advirtam-se (como dizia o outro)

Site anti-stress para basquetebolistas amadores e afins.

http://hax.at/files/boredmeeting.swf

Advirtam-se (como dizia o outro)

Site anti-stress para basquetebolistas amadores e afins.

Thursday, November 29, 2007

Brincando aos blues

http://www.desktopblues.lichtlabor.ch/

Velhos sons, novas roupagens











Velhas guitarras à solta e músicas com letras e muito estilo tipo eighties. Revivalismo urbano-depressivo, como diriam outros.
Alguns exemplos:

Interpol
The Bravery
Bloc Party
The Editors
Snow Patrol
Franz Ferdinand
The Hives
The Strokes

Monday, November 26, 2007

Sunday, November 25, 2007

Time, ou a passagem inexorável do tempo

Não sei porquê, mas lembra-me um monólogo de Beckett (Rockaby ou "Cadeira de Baloiço")

http://home.tiscali.nl/annejan/swf/timeline.swf

"Será que começamos a fazer sentido?"
http://www.visoesuteis.pt/criacoes/vozes_1.html

Filho és, pai serás

Um dos textos mais belos que li nos últimos tempos.

(...) Other people’s memories are like other people’s dreams. The more one tries to communicate just how special they are, the more banal they seem. They lose their power in the open spaces between us, like a blood-borne virus. Who cares that someone’s father taught them the names of the planets, and that the thought of that night, about a thousand billion years ago, can be so sharp and potent? When I was very small, he taught me to ride a bike by holding onto the back until I was steady, then letting go when I wasn’t looking. I was halfway down the street before I realised he wasn’t there anymore, but as soon as I noticed, I fell off. This time, I’ll just keep pedalling.

Texto completo em http://taylor-parkes.livejournal.com/22493.html

Lição (nostálgica) de ténis

Esta é a razão pela qual passei ao lado de uma grande carreira

http://br.youtube.com/watch?v=Xs7bpPKD4X8&feature=related

As férias do Sr. Hulot (1)

Se me perguntassem qual o filme que eu levaria para uma ilha deserta, este estaria certamente no rol dos escolhidos:

http://br.youtube.com/watch?v=imejpHjmhh8&feature=PlayList&p=4FD7236DA85ADE35&index=17

Uma prenda do tio Bill Gates

O glossário da Microsof pode ser encontrado aqui:

http://www.microsoft.com/globaldev/tools/MILSGlossary.mspx

Doce decadência

O apelido fica-lhe a matar, mesmo

http://www.amywinehouse.co.uk/

Cortar + Copiar = Ouvir



Directamente de Melbourne, Victoria, Austrália

http://www.myspace.com/cutcopy

Um filme...



"O meu tio", de Jacques Tati, porque sim...

A incrível e triste história do homem que não queria ser invisível


(D'après Gabriel Garcia Marquez)


"Recuso-me a ser invisível" (Manifesto para uma outra visibilidade)

"Not long ago, one of our translators was translating a museum guide into his/her native language. In the first page of the guide, one could read credits for the different professionals involved in the making of the book (photographer, writer…). Our translator felt professionally compelled to make a request to be included. He/She wished to take off his/her invisibility cloak. The negative answer was not a surprise, but a comment from the particular client made him/her wonder. According to the client, this was the first time anyone had ever requested to be included in the credits. Apparently, no one had ever thought about getting rid of the invisibility cloak.
We are so used to doing the job without being seen that we don't even consider making a small request about including our names in the credits. I wonder if we even think about it. I wonder what would happen if we started making requests about it to be able to take off our invisibility cloaks."

“About our invisibility cloak”, ITIA Bulletin (Outubro, 2007)


E se um dia aceitássemos despir, ainda que por instantes, esta capa que nos torna invisíveis perante os nossos colegas, os nossos clientes e a sociedade em geral, e nos recusássemos a pactuar de forma tão obediente com os lugares-comuns e os preconceitos de subalternidade que nos marginalizam cada vez mais em termos profissionais?



Aguarela de infância


Memórias de um passado onde as férias surgiam como as marés, fiéis e constantes, irrepetíveis, por entre grãos de areia e gelados de baunilha, com sabor a maresia, salitre e iodo, calmas e tranquilas como um fim de tarde de Agosto.

Friday, November 23, 2007

The celts rise again!




Louis MacNeice

House On A Cliff



Indoors the tang of a tiny oil lamp. Outdoors
The winking signal on the waste of sea.
Indoors the sound of the wind. Outdoors the wind.
Indoors the locked heart and the lost key.


Outdoors the chill, the void, the siren. Indoors
The strong man pained to find his red blood cools,
While the blind clock grows louder, faster. Outdoors
The silent moon, the garrulous tides she rules.

Indoors ancestral curse-cum-blessing. Outdoors
The empty bowl of heaven, the empty deep.
Indoors a purposeful man who talks at cross
Purposes, to himself, in a broken sleep.

The familiar voice I seek...




Derek Mahon

Somewhere The Wave (2007)

Once more the window and a furious fly
shifting position, niftier on the pane
than the slow liner or tiny plane.
Dazzled by the sun, dazed by the rain,
today this frantic speck against the sky,
so desperate to get out in the open air
and cruise among the roses, starts to know
not all transparency is come and go.

But the window opens like an opened door
so the wild fly escapes to the airstream,
the raw crescendo of the crashing shore
and ‘a radical astonishment at existence’ –
a voice, not quite a voice, in the sea distance
listening to its own thin cetaceous whistle,
sea music gasp and sigh, slow wash and rustle.
Somewhere the wave is forming which in time...

Para (re)pousar os sentidos



Ana Luísa Amaral
«Intertextualidades» (in Minha senhora de Quê, Lisboa, Quetzal, 1999, p. 24)

Microscópica quase,
uma migalha entre as folhas de um livro
que ando a ler.

Emprestaram-me o livro,
mas a migalha não.
No mistério mais essencial, ela surgiu-me recatadamente, a meio de dois parágrafos solenes.
Embaraçou-me o pensamento, quebrou-me o fio (já ténue) da leitura.
Sedutora, intrigante.

Fez-me pensar nos níveis que há de ler:
o assunto livro
e a migalha-assunto do leitor.

(era pão a matéria consumida no meio
de dois parágrafos e os olhos
consumidos: virar a folha, duas linhas lidas
a intriga do tempo quando foi
e levantou-se a preparar o pão
voltando a outras linhas)

Fiquei com a migalha,
desconhecida oferta do leitor,
mas por jogo ou consumo
deixei-lhe uma migalha minha,
não marca de água, mas de pão também:
um tema posterior a decifrar mais tarde
em posterior leitura
alheia.

Monday, November 19, 2007

Repescado do baú da memória

Um tradutor para o séc. XXI


(...) Gostaria de sublinhar que, no âmbito do tema aqui debatido, pretenderei partilhar um pouco da minha experiência pessoal enquanto tradutor profissional e transmitir uma visão particular do universo da tradução conforme vivido e sentido ao nível do quotidiano da prática da tradução técnica e especializada.
Por isso, e partindo do ponto de vista do potencial empregador de profissionais de tradução começaria por formular duas questões aparentemente simples, embora de difícil resolução perante o dinamismo e a mutabilidade de uma profissão tantas vezes ignorada, como menosprezada: “O que é traduzir hoje num contexto profissional?”, por um lado, e por outro, “Quais as competências e os requisitos essenciais para o tradutor dos nossos dias, no início deste séc. XXI?”
Traduzir hoje é mostrar-se atento e receptivo a um mundo cada vez mais diversificado em constante mutação, e é também enfrentar e saber solucionar os desafios colocados, por um lado, pela globalização/mundialização e, por outro, pela omnipresença da informática e das novas tecnologias da informação, sem dúvida o ambiente privilegiado em que se desenvolve actualmente a prática da tradução. Longe do conceito romântico e redutor do tradutor inspirado, fechado em si e fechado para o mundo, traduzindo incessantemente / irracionalmente de forma quase quixotesca, hoje a tradução rege-se pelas leis do mercado, da oferta e da procura, pelos esquemas de produção industrial, pelos prazos cada vez mais apertados, pelas inevitáveis pressões de tempo, pelos níveis de produtividade diária e por padrões de qualidade que lhe conferem um estatuto de direito próprio no âmbito das ciências humanas.
Traduzir hoje é, por isso, uma exigente actividade profissional inserida no contexto da indústria das tecnologias da linguagem, num mercado altamente competitivo e selectivo, mas também movediço e dinâmico, marcado pela fluidez e pela ausência de barreiras e fronteiras face à vertigem deste início de século. É, por isso, e mais do que nunca, uma tarefa multidisciplinar com um elevadíssimo grau de especialização e rigor num ambiente também ele cada vez mais pluridisciplinar.
Por outro lado, enquanto actividade que se insere no âmbito da engenharia da linguagem, hoje a tradução tem que ser encarada inevitavelmente enquanto processo e enquanto produto. Ou seja, é fundamental que assumamos previamente, e de uma vez por todas, que a tradução é uma actividade exigente com parâmetros de organização e estruturação rigorosos, com um grau de especialização bastante elevado e um público-alvo específico tanto mais exigente, quanto implacável no seu veredicto.
Processo porque, como sabemos, a actividade da tradução se encontra subdividida em múltiplos mecanismos e fases de trabalho com parâmetros de organização e estruturação concretos e rigorosos. Produto porque esse é o corolário lógico dessa longa cadeia de produção, onde se procura vender um produto ou serviço orientados basicamente para um consumidor final específico, existindo em função de um destinatário, que é o cliente, com diferentes funções, finalidades e naturezas.
O tradutor do século XXI é, antes de mais, um fornecedor de serviços linguísticos, um verdadeiro profissional da linguagem, um engenheiro da linguagem envolvido numa estrutura de produção e prestação de serviços de qualidade cada vez mais profissional e especializada de acordo com as novas áreas e domínios do saber.
Por isso, hoje em dia, vamos assistindo gradualmente a uma completa redefinição do papel, função e conceito do tradutor, que se metamorfoseia para dar lugar a uma nova entidade multifacetada, versátil e polivalente. O tradutor assume-se, assim, como um competente gestor de projectos de tradução, sendo capaz de gerir uma vastíssima série de fases, processos e mecanismos no seio da sua equipa de trabalho ou gabinete de tradução, desde a fase da pré-tradução, ou seja todo o “know-how” que envolve a organização, escalonamento e preparação da tradução, através da desmontagem e manipulação dos materiais de trabalho e de apoio, criação de bases de dados terminológicas, alimentação e desenvolvimento de memórias de tradução, utilização de múltiplos sistemas de tradução automática, desenvolvimento de estruturas e sistemas de gestão documental. Passando pela fase propriamente dita da tradução e produção das diferentes versões do texto, recorrendo às técnicas de tradução institucionalizadas e aplicando uma metodologia específica de tradução, até acabar na etapa da pós-tradução, na qual se podem incluir, por exemplo, a revisão, verificação, correcção e avaliação da qualidade do texto, até ao rigoroso controlo da qualidade do produto final.
É por este motivo que assistimos, actualmente, à emergência natural da nova profissão de “project manager”, ou gestor de projecto(s), um conceito desenvolvido dentro desta cadeia de produção de serviços que pretende congregar todo o trabalho que ultrapassa o mero acto de traduzir, passando a incluir actividades tão díspares como o contacto com os clientes, venda de um produto, orçamentação, contratualização, estabelecimento de prazos, negociação de modalidades de tradução, organização e gestão de projectos de tradução, subcontratação, elaboração de glossários e alimentação de bases de dados, trabalhos multimédia, audiovisuais, legendagem, locução, localização de software, revisão, uniformização terminológica e fraseológica e, em última instância facturação e, porque não, as chamadas “cobranças difíceis”.
Face a estas novas profissões-satélite que gravitam em torno deste riquíssimo universo e que servem de complemento vital à actividade da tradução (veja-se, por exemplo, o papel do terminólogo, terminógrafo, lexicólogo, documentalista, investigador, informático, localizador, redactor técnico ou “technical writer”, entre outros), o tradutor deve ser um elemento competente, auto-confiante e autónomo, alguém que possui a flexibilidade e a agilidade mentais capazes de desenvolver e aplicar um método de trabalho global e uniforme que permita dominar a dinâmica do texto e adquirir um “savoir-faire” 100% fiável.
Face às mais diversas áreas do saber, o tradutor deverá construir e desenvolver um saber essencialmente enciclopédico e pragmático alicerçado numa enorme curiosidade e numa sólida experiência prática e espírito crítico, sendo ainda capaz de dominar as técnicas e metodologias de documentação que lhe permitam documentar-se de forma completa, integral e rápida sobre qualquer tema de trabalho.
Para além do habitual domínio perfeito das línguas de partida e de chegada, o tradutor especializado deve ser, sobretudo, um bom redactor de textos técnicos, dominando as regras elementares de elaboração e estruturação de documentos técnicos ou textos de especialidade. Isto é, saber o que é a escrita técnica, quais as normas e padrões de configuração, apresentação e redacção do texto técnico e adaptar a terminologia e fraseologia às exigências do mercado e do cliente. Para tal, é imprescindível ser capaz de construir uma literacia tecnológica especializada, nomeadamente conhecendo o “modus operandi” característico da tradução técnica, bem como os respectivos produtos, linguagens, terminologias e contextos reais de produção.
Efectivamente, hoje em dia, existem bases de dados terminológicas on e off line e outros produtos de natureza terminográfica, que articulam textos, imagens e termos, comportando descrições linguísticas e conceptuais das unidades terminológicas que integram os conhecimentos actuais da teoria e prática da terminologia. Produtos estes que poderão ser um ponto de partida válido para a construção de verdadeiros programas de aprendizagem das línguas de especialidade.
Essencial é ainda a disciplina, o rigor e o respeito pelas normas de produção do texto, assim como o conhecimento especializado a nível técnico, textual e linguístico das linguagens de especialidade correspondentes a diferentes ecossistemas técnicos e linguísticos, isto é diferentes tipos de texto com diversas funções, aplicações e finalidades.
Com efeito, o tradutor deve reconhecer a existência de termos científicos e técnicos que funcionam dentro de redes conceptuais que estabelecem laços ou relações hierárquicas entre os conceitos, revelando um tipo de arquitectura considerada primordial para a aquisição de um genuíno vocabulário de especialidade.
Exige-se, portanto, o desenvolvimento de competências e saberes específicos, a familiaridade com novas áreas do saber, bem como a criação de uma estrutura conceptual relativa à área de especialização que permita aplicar estratégias e técnicas de análise capazes de criar cenários ou enquadramentos dinâmicos. No entanto, apesar do conhecimento das linguagens especializadas e da aquisição de uma excelente cultura técnica, é essencial saber como obter essas informações, isto é saber investigar e procurar nas fontes, saber efectuar uma apurada pesquisa selectiva e saber gerir e alimentar instrumentos de apoio ao trabalho. Esta versatilidade urgente advém do facto de, no contexto internacional de pesquisa, desenvolvimento, promoção, fabrico e manutenção de produtos e serviços, o tradutor técnico ou especializado tanto pode ver-se confrontado com a tradução de um contrato ou uma carta comercial, como o manual de instruções de um computador ou o catálogo de uma empresa, uma brochura publicitária ou milhares de páginas de documentação do Metro do Porto ou da União Europeia.
Daí que, no processo de tradução, a prática de investigação e criação desses ecossistemas terminológicos e conceptuais seja elementar, uma vez que permite constituir, aplicar, uniformizar e gerir terminologias de trabalho, criando bases de dados e fontes de referência e documentação especializadas. O tradutor deve, portanto, ser capaz de usar e gerir a terminologia e possuir a capacidade de documentação e investigação, seja ela investigação ad hoc, específica e sistematizada, direccionada para o texto ou vocacionada para o domínio de trabalho através do confronto com os textos da especialidade (textos de carácter geral, textos de divulgação, textos especializados, textos electrónicos, corpora, instrumentos e bases de trabalho, material de referência, etc)
A par da progressiva especialização e sistematização de processos ao longo da sua carreira, o tradutor experiente necessita igualmente de saber que a informática, ou melhor, a telemática, será algo de inevitavelmente imprescindível no seu ambiente de trabalho, pela utilização dos já tradicionais processadores de texto, mas sobretudo pelas ferramentas de publicação e edição assistidas por computador, bases de dados, CD-ROMs, textos electrónicos on-line, bem como memórias de tradução, sistemas de apoio à tradução humana, sistemas de pré-tradução e tradução automática.
Daí que, dentro dos requisitos indispensáveis para o exercício da tradução, encontremos necessariamente a autonomia, o espírito de iniciativa, o domínio e a agilidade das novas tecnologias e o conhecimento das ferramentas de apoio à tradução. Dado que a informática está e estará sempre ao serviço da tradução, redacção, terminologia e documentação, é essencial a exploração sistemática das mais avançadas tecnologias de suporte e tratamento da informação. Actualmente, de facto, um dos domínios mais importantes da ciência da tradução reside precisamente nas novas tecnologias ao serviço da tradução, nomeadamente as ferramentas de apoio à tradução, bases de dados, ferramentas e memórias de tradução; Trados, Transit, Déjà Vu, mas também bases ou ficheiros terminológicos, dicionários electrónicos; dicionários on-line, motores de busca, sistemas de apoio informatizados, ferramentas e memórias de tradução, “machine translation”, “computer aided tools”; programas de tradução assistida.
De facto, a emergência de um novo estatuto do saber e a dimensão da autoformação contínua nos actuais contextos científicos, técnicos e tecnológicos levam à necessidade de uma formação mais cuidada dos tradutores, tirando partido das novas tecnologias de informação e comunicação. Estas novas tecnologias permitem ao tradutor a gestão coerente dos contínuos fluxos de informação, incessantemente renovados e renováveis, e a sua integração nos sistemas de conhecimento.
A introdução da chamada tradumática, isto é, tudo o que diz respeito à tradução e as novas tecnologias, pode assumir-se como uma iniciativa pioneira, permitindo conhecer e utilizar ferramentas de uso geral adequadas à tradução, aprofundar competências no uso de materiais disponíveis na "Internet" como ferramentas de apoio ao tradutor, bem como saber utilizar programas específicos de apoio para uso dos tradutores profissionais.
Por último, uma referência para os conceitos de re-leitura, revisão, verificação, crítica e avaliação da qualidade e aferição dos níveis de qualidade, eficácia e funcionalidade textuais. Tal como anteriormente constatávamos o surgimento de um novo profissional, o “gestor de projectos”, também aqui nos parece indispensável sublinhar a importância do “Quality manager”, uma espécie de gestor da ou para a qualidade. Isto porque num mundo cada vez mais uniformizado e estandardizado, torna-se essencial adoptar e cumprir rigorosas políticas de controlo da qualidade do produto, conferindo o domínio e rigor técnico-científicos através de parâmetros de avaliação da eficácia textual que permitam verificar a consistência e a coesão do texto e, acima de tudo, a sua funcionalidade e aplicação prática. Não admira, portanto, que um dos principais temas em debate na actualidade seja precisamente a definição de objectivos de qualidade, perfis de competência e acreditação profissional e a adopção de procedimentos de garantia, avaliação e certificação da qualidade, nomeadamente através da tentativa de conferir um padrão, chancela ou certificado de qualidade à tradução, em conformidade com as normas ISO, vulgarmente aceites para a homologação dos sectores da indústria e do comércio.
Gostaria de terminar recuperando e subvertendo o “dictum” de Luis de Camões, “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. No actual universo da tradução, mudaram-se os tempos e as vontades, mas também as metodologias de trabalho, as exigências e os perfis dos clientes. Mudou o mercado e o “timing” de execução dos trabalhos, os prazos, os locais e os contextos de tradução. Mudaram as ferramentas de trabalho e mudaram as competências e qualidades do tradutor. Mudou o estilo de abordagem face ao cliente e mudou a própria postura de relacionamento entre os profissionais da tradução. Exigem-se novos padrões de comportamento e novos parâmetros de ética e deontologia profissionais capazes de aceitar a diferença com tolerância e respeito mútuos. Exigem-se novas qualidades fisiológicas, psicológicas, emocionais e intelectuais. Exige-se, no fundo, um novo "saber fazer” e um novo “saber estar”.
Mantém-se, no entanto, essa mesma vontade de construir (e volto a citar) “um saber de experiência(s) feito”, ontem como hoje, feito de técnica, engenho e arte, inspiração e trabalho, rigor e improviso, afinal essa dicotomia que, ontem como hoje, perpassa ainda pelos estudos da tradução.

Super-pop elástico-bubble-gum, oh-yeh

Mr Miyagi goes pop
http://www.fujiya-miyagi.co.uk/mp3.htm

Super-misturadora teen

Estes tipos "misturam" que se fartam.

http://www.myspace.com/theteenagers

Wednesday, October 10, 2007

Uma realidade (sempre) tão familiar

O blogue "Pedro e o Lobo" costuma apresentar algumas preciosidades sobre a profissão do tradutor. Como esta que aqui reproduzo (disponível em http://pedroeolobo.blogspot.com/2007_08_01_archive.html)

Prelúdio para um Poema Técnico





1. Leia com atenção
__este poema de
__segurança
__antes de__iniciar
_____________________
__qualquer operaçãozinha.
________________________________________________________________
2. Verifique se existem___________fugas
__a) e drene todos
__b) os versos.
________________________________
________________________________
3. Para mais informações, contacte o seu(?) representante local:
___________________________________
__________________________________
____________________
____________________
Modelo:__________________ N.º Série: ______
Revisão periód.:__________Data:__/__/___

Uma questão de educação

Com a devida vénia e "copyright", subscrevo o artigo seguinte de Brett Jocelyn Epstein sobre a questão de educar ou não o cliente. Disponível em http://www.translationjournal.net/journal/41educate.htm


Educating the Customers, Redux: Time
by Brett Jocelyn Epstein
Some readers may remember my article in the October 2006 issue of the Translation Journal that discussed educating customers about what translation is and how much it costs. Well, it turns out that there's another matter that we translators need to bring up with our customers: time.
Have you experienced the situation where you received a text from a customer and then were casually, or perhaps sheepishly, informed that it was needed back—perfectly translated and/or edited, of course—within just a few hours or days? And how often has such a text been especially long and/or complicated? And has a customer ever promised to send you a project by a certain date, failed to meet the deadline, sent you the text days or even weeks later, and then nevertheless expected you to be done with your part of it by the date originally agreed upon? And how frequently has such an event occurred during a particularly busy period (annual reports season, for example), when your work has been carefully and tightly scheduled?
It is natural to feel, when something like this happens, that our customers do not respect us or our time, that they have no understanding of what our job entails, and that they do not care if we have to work from eight a.m. until two the next morning several days in a row just to get their assignment done on time. And thinking that a customer does not respect or show consideration for the highly trained professional he or she has entrusted with an important document can cause frustrated and angry feelings and potentially even affect the translator so much that the job is not done as well as it could have been. Sometimes, translators have even been known to warn their colleagues not to accept work from a certain client, since it is "always late." In other words, it's a lose-lose situation all the way around.
So why do customers do this? Why do they jeopardize the quality of the work and their relationship with the translator? In my experience, the major reasons are 1) that the customer does not know what is really involved in translation, and thus cannot properly schedule the time needed for a thorough translation job, or 2) the customer him- or herself can not schedule his or her own work properly and then passes off the stress and pressure of a looming deadline to the translator, or 3) the customer assumes self-employed workers are simply sitting around, waiting desperately for the next job, and can take anything at any time. A subset of the last cause of this problem is that customers sometimes seem to assume that they are your only customer—or at least your most important one—and that even if they have not sent you the work by the time you agreed on, there is no reason to believe that you might now be busy with someone else's assignment.
How, then, can we translators tackle this delicate matter of time? To begin with, we can offer the customers more information before they even have hired us. The easiest step is something I recommended in the last article: provide detailed information on your website or in your other promotional material about what translation is and what is involved in your work. If you can, describe past assignments in general terms (because of privacy issues, you do not want to be too specific about what the job was) and mention how long it took you to do every stage of each project. For example, you can write: "5000 word contract. Half of the text was a general description of the companies and their products, and the other half was complicated legal language. I did a good rough draft in six hours of full-time work, and then I spent forty-five minutes researching terms. I revised the translation for three hours, edited it for two, and finally spent another two and a half hours comparing the source and target texts." Perhaps if many translators began adding to their websites a section about time, along with those on their professional backgrounds and rates, customers would take notice. Maybe they would learn something, too.
Similarly, when you are first offered an assignment, do not write back with information about your rates only. Those who are not translators have no way of guessing how much time or effort a job could take, which is why it is very helpful if you can be as detailed as possible. Say how many hours you anticipate each step in the translation process to take. Write whether the assignment will require you to go to the library or a bookstore to get specialized information, or collaborate with another translator or other professional. If you can see a rough draft of the document or get any more information about it, look it over and let the customer know if you think there will be any significant problems that will cause you to take a longer time than usual (for example, if the text is poorly written, or if it will be sent to you as a PDF rather than a Word document). And be sure to tell the customer what your schedule is like. Customers do not need to know all about your family obligations or your medical appointments, but it is certainly appropriate to tell them if you know (or expect) that you have a big job coming in, or if you will be on vacation, or if there is anything else that will affect your working time and ability. I usually give my customers specific information, such as, "I will be out of town for the next two weeks, but I will be checking my e-mail. So you can send me the assignment and I will print it out and study it while I am away. But I will not start translating it until this date, so you can expect it on that date. If the assignment has not arrived by this date, then I will not be able to finish it by that date."
Also, sometimes you need to be blunt with a customer. If you have previously had bad experiences with a certain client or if the project in question is coming during a particularly busy season, warn the customer in advance. Say, "I am looking forward to this assignment, but I want you to know that if it does not reach me by the time we agreed upon, I will not be able to do it." You don't need to explain to customers what else you have going on or you shouldn't hint to them that you will be nice and make an exception for them and accept jobs that are sent a day or two late; all you need to do is civilly give them this warning, which hopefully will spur them on to get the work to you as planned.
But the advice above only addresses what you can do before you have gotten the text to be translated. What happens if a customer sends you the document after the date you have agreed upon? Or if a customer asks you translate something in an unreasonable amount of time?
To take the second question first, you need to, as stated above, explain exactly what is involved in the work and why you need more time. If the customer still insists—and often this is because he or she was late doing his or her own part in it—you can decide if you do in fact have the time to get it done, even if it means a few extra-long days and nights for you. Naturally, however, you will not work so hard for free, and you will charge a rush fee. Standard rush fees range from an additional 50% to 100% of the cost. Whether a client is willing to pay for the rush work is another question, which won't be discussed in-depth here, since the issue of money was addressed in the previous article. I can just briefly remind you that your time is valuable and that you should not suffer, and be paid poorly to boot, when a customer has not planned the project well.
If you see that a document has not come to your e-mail in-box by the date you had expected it, it is appropriate for you to write to the customer and ask what is happening. It may be that the text is finished and ready to be translated, but somehow it just wasn't sent to you. It could also be that the customer found another translator or the job was postponed or canceled and you weren't notified. I usually write something like, "I am just checking in with you about the translation assignment. I would appreciate it if you can let me know the status of the project." It is also appropriate to add a reminder about your time limits or scheduling conflicts, as applicable.
As for what to do when the job finally arrives, this depends on your relationship with the customer, the size of the assignment, and how late the assignment is. If it is a client who has never been late before and/or someone from whom you earn much of your income, you might want to gently mention the lateness, but not get into a big discussion about it. If the text is short or easy enough that you can still get a translation done, you can let the tardiness go. This time, anyway.
Sometimes, however, you may have to turn down an assignment to get the point across (if it doesn't cause financial hardship for you to do so, of course). Yes, you may have originally accepted the job, but if the customer has not kept his or her part of the agreement and has not sent you the work as promised, tell the client so. It's enough to politely say, "I am sorry, but I carefully schedule my time and as you did not send me the document as agreed upon, I can no longer accept the job. I hope you find someone else." In most other circumstances, I recommend finding a colleague when you can not do a certain assignment, but in the case of delay on the customer's part, it defeats the purpose if you do so. The customer will then just assume that she or he need not be on time, since there's always another available translator, should the first one be too busy. If you are feeling particularly feisty, you could even mention that you had to turn down other jobs in order to make yourself free for the one that did not appear, and that as a result, you have lost money and potential future clients. Unfortunately, some people just do not consider how their actions affect others, so if you make it very clear to the customer how his or her thoughtlessness and/or inability to stick to a schedule has caused problems for you, this could really have an impact.
Regrettably, I suspect that there will always be customers who procrastinate when it comes to taking care of their own responsibilities, and that there will always be those who do not value the work others do and the time it takes. In the past few weeks alone, for example, a colleague gave me a translation assignment that she could no longer do it because it had arrived late, and I also edited an entire book in just a few (very long) days, because the customer had not planned well for the editing process. But I believe that we can eliminate some of these situations by educating our customers more. Once they begin to truly understand how much time our work takes, which they can only do if we explain the process to them in detail, and once we have begun teaching them that they can not send us documents late and/or expect assignments done very quickly, which we can do by warning our customers and/or refusing jobs and/or asking for rush or late fees, they will start both planning their time and their projects better and treating us with more respect. And isn't it time that happened?

© Copyright Translation Journal and the Author 2007URL: http://translationjournal.net/journal/41educate.htm
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Last updated on: 07/01/2007 21:26:46

Wednesday, October 03, 2007

O evangelho segundo Dan le Sac VS Scroobious Pip

Fast Forward into the Future (Novos mandamentos versão séc. XXI).

Posto de escuta em

http://www.myspace.com/lesacvspip

RECURSOS E FERRAMENTAS MULTILINGUES/MULTIMÉDIA PARA TRADUÇÃO

1. Sites de pesquisa

Tumba (PT) Vivisimo Google Lycos Altavista Yahoo

Ask.com WebCrawler About.com O Leme

2. Páginas pessoais

ANTHONY PYM - http://www.fut.es/~apym/

JOÃO ROQUE DIAS - http://www.jrdias.com/

Octante.Net (João Brogueira): http://www.octante.net/arquetipo

FERNANDO FERREIRA ALVES: http://www2.ilch.uminho.pt/falves/

Links – Peter Sandrini (inclui Terminology Resources and On-line-Dictionaries) - http://homepage.uibk.ac.at/~c61302/

ROGER CHRISS – THE LANGUAGE REALM -
http://home.comcast.net/~r.chriss/
http://www.languagerealm.com/

Stephane Pineau http://steph.pineau.free.fr/bookmark.htm

DANILO NOGUEIRA / TRADUTOR PROFISSIONAL
http://tradutor-profissional.blogspot.com/


3. ALGUMA TEORIA AVULSA

Recursos em linha - http://www.instituto-camoes.pt/CVC/tradumatica/rec.html

http://www.instituto-camoes.pt/CVC/tradumatica/rec_glo.html

TRADUMÁTICA – UNIVERSIDADE DE BARCELONA
http://www.instituto-camoes.pt/CVC/tradumatica/rev0/freigangPT.html

Translators’ On-Line Resources / Miscellaneous Translators’ Resources - http://accurapid.com/journal/00misc.htm

Electronic Tools for Translators in the 21st Century - http://www.accurapid.com/journal/38tools.htm

Teaching electronic tools for translators online - http://isg.urv.es/library/papers/Biau_Teaching.pdf

Search Tools for Translators
http://www.translatorscafe.com/cafe/Articles.asp?ArtID=29

The Tool Box / Tools for Translators - http://www2.sbbs.se/hp/cfalk/tipseng.htm

Translation Tools and Workflow (excelente site) - http://ec.europa.eu/dgs/translation/bookshelf/tools_and_workflow_en.pdf


4. Sites de interesse sobre tradução

accurapid – http://accurapid.com/

ENLASO – ENTERPRISE LANGUAGE SOLUTIONS - http://www.translate.com/

translatum (Portal do tradutor - GRÉCIA) - http://www.translatum.gr/

La linterna del traductor - http://traduccion.rediris.es/

Translator’s Home Companion - http://www.lai.com/companion.html
http://www.rahul.net/lai/companion.html
Translators’ On-Line Resources - http://www.accurapid.com/journal/links.htm

TRANSLATIONZONE - http://www.translationzone.com/

ON-LINE FREELANCE TRANSLATORS DATABASE - http://www.a-dictam.com/database/search.htm

Perguntas sobre Traduções: ProZ.com KudoZ / ProZ.com - Directory of Translation Agencies & Freelance Translators - http://www.proz.com/

SearchLanguage.com - http://searchlanguage.com/

Translate (Brasil) - http://www.translate.com.br/

TRANSLATOR TIPS - http://www.translatortips.com/

TRANSLATION JOURNAL - http://accurapid.com/journal/

Other interesting www-pages for translators and interpreters
http://www.uni-saarland.de/fak4/fr46/englisch/www.htm

O TRADUTOR / WORKFORTRANSLATORS (excelente site) – http://workfortranslators.wordpress.com/

FreeTranslation.com Tools - http://www.freetranslation.com/tools/

TOOLS FOR TRANSLATORS - http://www.gotranslators.com/Public/ConsultEN.php

ELECTRONIC TRANSLATION TOOLS -
http://www.uiowa.edu/~flare/Reference/Other/Translation_Tools.html

QUASE TUDO O QUE EU (SEMPRE) QUIS SABER SOBRE TRADUÇÃO – KIT DE SOBREVIVÊNCIA - https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/5890

ELIA (The European Language Industry Association) - http://www.elia-association.org/


5. TRADUÇÃO EMPREENDEDORISMO E PROFISSÃO

Proz, a large online marketplace for translators to find work. - http://www.proz.com/

Go Translators, an international directory for translators. - http://www.gotranslators.com/

Translation Directory, an online marketplace and information source for translators. - http://www.translationdirectory.com/

Translators Cafe, a large online marketplace and information exchange for translators. - http://www.translatorscafe.com/cafe/default.asp

Aquarius, a "digital billboard" for translators and translation agencies. - http://www.aquarius.net/

TransRef, an information and jobs portal for translators. - http://www.transref.org/

6. Bases de dados, glossários, dicionários e enciclopédias on-line

Acronym Finder. http://www.acronymfinder.com/

Acronym Server: http://www.ucc.ie/cgi-bin/acronym

AskJeeves: http://www.askjeeves.com/

BABYLON: http://www.babylon.com/

Base de dados da UE / Eurodicautom: http://europa.eu.int/eurodicautom/Controller

Dicionário Aulete da língua portuguesa: http://aulete.uol.com.br/site.php?mdl=aulete_digital

IATE – Inter Active Terminology for Europe: http://iate.europa.eu/iatediff/

BIBLIOTECA UNIVERSAL: http://www.universal.pt/site/paises/paises_df.html

Britannica: http://www.britannica.com/

Cambridge Dictionary Online: http://dictionary.cambridge.org/

Cambridge: http://dictionary.cambridge.org/

Dicionários/Enciclopédias: http://www.freeality.com/encyclop.htm

Dictionaries on the Internet: http://pws.prserv.net/esinet.migcc/diccionarios/

Dictionary.com. http://dictionary.reference.com/

Dictionary.com: http://www.dictionary.net/

Eurodicautom (Base de dados da EU): http://europa.eu.int/eurodicautom/Controller

Foreignword.com. http://www.foreignword.com/

FreeSearch: http://www.freesearch.co.uk/

http://www.longman.com/dictionaries/

FROM LANGUAGE TO LANGUAGE: http://www.langtolang.com/

Glossário das Nações Unidas: http://157.150.197.21/dgaacs/unterm.nsf/375b4cb457d6e2cc85256b260070ed33/$searchForm?SearchView

Glossários da Microsoft - ftp://ftp.microsoft.com/developr/msdn/newup/Glossary/

Google: http://www.google.com/

instituto camões / tradumática -
http://www.instituto-camoes.pt/CVC/tradumatica/rec_glo.html

João Roque Dias's Web Site: http://jrdias.com/

La Crosse Public Library: http://www.lacrosselibrary.org/

Lexicool (Directory of Dictionaries): http://www.lexicool.com/

Lexicool Directory of Bilingual and Monolingual Dictionaries: http://www.lexicool.com/

LibrarySpot: http://www.libraryspot.com/

LOGOS Multilingual Dictionaries http://www.logos.it/pls/dictionary/new_dictionary.dictio_professional_window?u_name=&u_password=&u_code=4395&code_language

Longman Dictionary of Contemporary English Online: http://www.ldoceonline.com/

http://www.longman.com/dictionaries/

Manon Bergeron's Index of Financial Glossaries - http://mabercom.com/

Merrian Webster Online: http://www.m-w.com/

Octante.Net (João Brogueira): http://www.octante.net/arquetipo

One Look Dictionary Online: http://www.onelook.com/

Online Dictionary Net. http://www.online-dictionary.net/

Oxford English Dictionary: http://www.oed.com/

Porto Editora: http://www.portoeditora.pt/dol

Priberam: http://www.priberam.pt/dlpo.dlpo.aspx

real dictionary: http://spanish.realdictionary.com/

Reference Materials: http://www.cln.org/subjects/refmat.html

Resources for Translators and Interpreters: http://homepage.uibk.ac.at/~c61302/

Rutgers University libraries/Electronic Reference Sources: http://www.libraries.rutgers.edu/rul/rr_gateway/e_ref_shelf/e_ref_shelf.shtml

Terminology Forum (online dictionaries) - http://www.uwasa.fi/comm/termino/

The Glossarist: http://www.glossarist.com/

The University of Queensland/Virtual reference collection: http://www.library.uq.edu.au/internet/vref.php

The University of Queensland: http://www.library.uq.edu.au/

Thesaurus.com: http://thesaurus.reference.com/

TIS Sistema de informação terminológica - http://tis.consilium.eu.int/utfwebtis/frames/introfsEN.htm

Translation Links Index: http://www.jrdias.com/JRD-Links.html

UOL Biblioteca: http://biblioteca.uol.com.br/

Visual Thesaurus: http://www.visualthesaurus.com/online/

Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Main_Page

Word2Word/Language Dictionaries and Translators: http://www.word2word.com/dictionary.html

Working in English: http://uk.cambridge.org/elt/workinginenglish/

Xanadu: http://www.foreignword.biz/software/xanadu/default.aspx

Xrefer. http://www.xrefer.com/

Your Dictionary Online: http://www.yourdictionary.com/


7. Terminologia

Eurêka - http://www.foreignword.com/eureka/default.asp

Lexicool - http://www.lexicool.com/

GlossPost - http://www.proz.com/?sp=glosspost&show_mode=search

GoTranslators link library - http://www.gotranslators.com/

Aquarius link library - http://www.aquarius.net/

Logos glossary database - http://www.logosdictionary.com/pls/dictionary/linguistic_resources.main?lang=en&source=resources

Dictionarium - http://www.dictionarium.com/

Portalingua by the Latin Union - http://www.portalingua.info/pt/recherche/recherche_avancee/1/index.php

L'inventaire des travaux terminologiques dans Internet de l'OLF - http://www.oqlf.gouv.qc.ca/ressources/bibliotheque/inventaires/inventaires.html


8. Textos paralelos / Documentação

Multilingual.ch - site para pesquisa por termos e textos paralelos - http://www.multilingual.ch/

Webb'sNet, Lynn Webb's site on translation, computational linguistics, and language - http://www.webbsnet.com/

Multilingual websites with parallel texts - http://web.ticino.com/multilingual/Multilingual_websites.htm

The Bitext Concordance Solution - http://www.beetext.com/find.html

OPUS - an open source parallel corpus - http://logos.uio.no/opus/


COMPARA - http://www.linguateca.pt/COMPARA/

9. Corpora paralelos

OPUS - an open source parallel corpus (novo site actualizado) -http://urd.let.rug.nl/tiedeman/OPUS/

COMPARA - Portuguese-English Parallel Corpus - http://www.linguateca.pt/COMPARA/Welcome.html

Cetempublico - http://www.linguateca.pt/carteiro/listinfo/cetempublico

CORPUS PARALELO - di.uminho.pt/terminum

ONLINE CORPORA – http://www-user.tu-chemnitz.de/~voigt/link_corpora.htm

LINGUATECA - http://www.linguateca.pt/

WEBOPEDIA (online dictionary and search engine for computer and Internet technology definitions) - http://www.webopedia.com/

ZVON - http://www.zvon.org/


10. Software

@PROMPT - http://www.smartlinkcorp.com/

ALCHEMY CATALYST (TRADUÇÃO) - http://www.alchemysoftware.ie/

babel fish altavista (systran) - http://babel.altavista.com/

Babel Fish - http://babelfish.altavista.com/

Déjà Vu - http://www.atril.com/

LINGUATEC – http://www.linguatec.de/products/pt2006/index.en.shtml

MEMOQ tRANSLATION SOFTWARE - http://www.kilgray.com/kilgray/products/memoq

METRA (METRA-TRADUTOR) - http://www.linguateca.pt/metra/

o leme tradutores - http://www.leme.pt/tradutores/

Online dictionary software - http://www.babylon.com/

OMEGA T – http://sourceforge.net/projects/omegat

Power Translator - http://www.avanquest.com/en/home/index.asp

SDLX - http://www.sdl.com/

Systran – Information and Translation Technologies - http://www.systransoft.com/

WordSmith Tools (term-extraction and concordance tools) - http://www.lexically.net/wordsmith/
TRADOS - http://trados.com.htm/

TRANSIT - http://www.star-group.net/eng/software/sprachtech/transit.html

WORDFAST - http://www.wordfast.net / http://www.global-tm.net/
(novo site)

Multitrans Translation Tools - http://www.multicorpora.ca/index_e.html

Lokalize - http://userbase.kde.org/Lokalize#Lokalize_under_Windows

Kbabel - http://kbabel.kde.org/#download



E ainda....


Translation Booth - www.translationbooth.com/images/robot.jpg

SDL - http//www.freetranslation.com/

Google Language Tools - http://www.google.com/language_tools?hl=en

E-prompt - http://www.e-promt.com/



11. Guias de Estilo / prontuários / GRAMÁTICAS

Guia de estilo para o inglês / English Style Guide - http://europa.eu.int/comm/translation/writing/style_guides/english/frame_index_en.htm

http://ec.europa.eu/translation/writing/style_guides/english/style_guide_en.pdf

http://europa.eu.int/comm/translation/writing/style_guides/english/index_en.htm

Interinstitutional style guide - http://publications.europa.eu/code/en/en-000100.htm

Google in Your Language - translation style guide - http://services.google.com/tc/guidelines.html

Livro de Estilo do Público - http://www.publico.clix.pt/nos/livro_estilo/02-apresentacao.html

Ciberdúvidas da Língua Portuguesa - http://ciberduvidas.sapo.pt/

O LEME - http://www.leme.pt/gramaticas/

PRIBERAM - http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx

http://www.priberam.pt/dlpo/gramatica/gramatica.aspx

BIBLIOTECA UNIVERSAL – http://www.universal.pt/Site/GramPor.htm

NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA - http://www.tvcultura.com.br/aloescola/linguaportuguesa/index.htm

PORTUGUÊS - http://www.portugues.com.br/

FOLHA DE SÃO PAULO (MANUAL DE ESTILO) - http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_redacao.htm


12. TABELAS DE CONVERSÃO

UNIVERSAL - http://www.universal.pt/site/medidas/conv_medidas.htm

ONLINE CONVERSION - http://www.onlineconversion.com/

MEGACONVERTER - http://www.megaconverter.com/mega2/

CONVERTI T – http://www.convertit.com/

CURRENCY CONVERTER –OANDA) - http://www.oanda.com/converter/classic


13. CORRECTORES ORTOGRÁFICOS

FLiP On-line acesso gratuito - http://www.flip.pt/FLiPOnline/tabid/96/Default.aspx

Correctores ortográficos para Mozilla e OpenOffice.org - http://maracuja.homeip.net/software/dict

SpellCheck.net - Free Online Spell Checker - http://www.spellcheck.net/

Online spell check Orangoo Empire - http://orangoo.com/spell/

Free Spell Check Tool - Spell Checker Software from Spellex - http://spellex.com/speller.htm

Website Spell Checking Service – http://www.websiteoptimization.com/services/spell-check/

Free Online Spell Check Service - http://www.thesolutioncafe.com/public-spell-checker.html

Proofreading Tools for Microsoft Word and PowerPoint - http://www.proofreadingtools.com/


14. CONTADORES DE PALAVRAS

WEB BUDGET - http://www.webbudget.com/

Word Count and Character Count Software: AnyCount - http://www.anycount.com/
Word Count and line count software for Translators and Transcriptionists - http://www.practiline.com/
Text Tally Word and Line Counter – http://www.nch.com.au/counter/index.html?ref=google&ref2=textally2&gclid=CICX79DauosCFRgnEAodmiCCyA

Free Word count software - http://www.newfreedownloads.com/find/word-count.html


15. CONVERSORES

PDFGRABBER - http://www.pdfgrabber.com/index.html?source=google_EN

ABLE2EXTRACT – http://www.investintech.com/able2extract.html

http://www.freedownloadscenter.com/Business/Word_Processing/Able2Extract.html

PRIMO FREE PDF CONVERTER TOOL - http://www.primopdf.com/

PDF CREATOR - http://sourceforge.net/projects/pdfcreator/

PDF CONVERTER – http://www.solidpdf.com/pdf/_converter_1/34?gclid=CLTm3un3uosCFQZhEAodOi0eyw


16. OUTRAS FERRAMENTAS

SEARCH AND REPLACE - http://www.funduc.com/srshareware.htm


17. O EFEITO GILT E A INDÚSTRIA DAS LÍNGUAS - Ferramentas de Localização

- Alchemy Catalyst: http://www.alchemysoftware.ie/index.html

1) Tutorials: - http://www.alchemysoftware.ie/tutorials/content/overview.htm

2) Alchemy CATALYST Web Based Lessons: - http://www.alchemysoftware.ie/tutorials/index.html

- Passolo – http://www.passolo.com/

- Adapt - http://www.adapt-localization.com/

- CatsCradle - http://www.stormdance.net/

- Lionbridge - http://www.lionbridge.com/

- SDL Localization Suite - http://www.sdl.com/products-translation/products-corp/localization-suite.htm
- The ultimate resource for finding information on localisation -
-http://www.electonline.org/
- TRADOC - http://www.tradoc.pt/webpage/en/
- LINGUASERVE, MADRID - http://www.linguaserve.com/espanol/index.htm
- STAR - http://www.star-group.net/
- Welocalize - http://www.welocalize.com/
- Lokalize - http://userbase.kde.org/Lokalize#Lokalize_under_Windows
- Kbabel - http://kbabel.kde.org/#download


18. GMS – Global Management Systems / CMS – Content Management Systems: Lionbridge, Idiom, Unisite, Globalsight, SDL Workflow, Wholetree, Trados, Interwoven, Broadvision, Documentum, Microsoft Content Management Server, Stellent, Vignette, Tridium, Logoport - http://www.lionbridge.com/globalization/technology/logoport.liox?intLangID=1

19. Online Resources – Technical Writing (online translation and dictionary resources)

- Online Technical Writing - http://www.io.com/~hcexres/tcm1603/acchtml/acctoc.html

- Technical Writing - http://www.rbs0.com/tw.htm

- Technical Writing Course - http://www.technical-writing-course.com/

- Society for Technical Communication - http://www.stc.org/

- Online Technical Writing: Online Textbook—Contents - http://www.io.com/~hcexres/textbook/

20. Controlled language

- Smart Communications INC (vendor) - http://www.smartny.com/Default.htm

- Controlled English - http://www.smartny.com/controlledenglish.htm

- Simplified English - http://www.userlab.com/SE.html

- Simplified English - http://www.userlab.com/Downloads/SE.pdf

- Simplified English - http://www.smartny.com/simplifiedenglish.htm

- AECMA - http://www.simplifiedenglish-aecma.org/

- AECMA + Simplified English - http://www.simplifiedenglish-aecma.org/Simplified_English.htm

- Boeing Simplified English - http://www.boeing.com/phantom/sechecker/se.html

- Ogden’s Basic English - http://ogden.basic-english.org/basiceng.html

- A Plain English Handbook
(SEC – Securities and Exchange Commission) - http://www.sec.gov/pdf/handbook.pdf


21. Direito

Consilium - http://ue.eu.int/cms3_fo/index.htm

Curia – http://www.curia.eu.int/

CELEX - http://europa.eu.int/celex/

Magistrad - http://www.magistrad.com/

22. Mailing Lists e Discussion Groups

Lantra-L FAQ and Lantra-L, Listserver: (listserv@segate.sunet.se), Discussion List: TERM-LIST Listserver: (listserv@uwasa.fi) Discussion List: term-list at uwasa.fi
FOREIGNWORD - http://www.foreignword.com/Translators/forums/forums.htm
Translators’ Discussion Groups -http://accurapid.com/journal/00disc.htm
Lantra-L, um fórum internacional sobre todos os aspectos da tradução e da interpretação (para mais informações dirigir-se a http://www.geocities.com/Athens/7110/lantra.htm).
u-forum, uma mailing list em alemão que trata de assuntos relacionados com a tradução e a interpretação profissionais (para mais informações, dirigir-se a http://www.techwriter.de/thema/u-forum.htm) e u-cat, um fórum alemão dedicado especificamente a questões sobre ferramentas de tradução (cf. http://www.techwriter.de/thema/u-cat.htm).
TW_Users, um fórum internacional sobre aspectos relacionados com o uso das ferramentas de tradução de Trados (Translator's Workbench); o fórum pertence ao Yahoo-groups e pode-se aceder através de http://groups.yahoo.com/.

Tradução assistida por computador
Tradução automática

Catalyst / Transit / Déjà-vu / Translat / MetaTexis / IBM Translation Manager / Multicorpora / WebBudget / Passolo / Wordfast /
Trados Workbench / Wordfisher
AutomaticTrans Português (do Brasil) e Espanhol / Sail Labs / Babelfish / Systran / Falatudo / T-Mail / Freetranslation / Wordlingo / LogoMedia.Net / Lernout & Hauspie / World Language Resource


23. Recursos para o ensino da tradução

Poor Technology Group - http://www.uvic.cat/fchtd/especial/en/ptg/ptg.html

24. Tradução Especializada (Direito / Economia)

Site sobre constituição de empresas no Reino Unido - http://www.ukcorporator.co.uk/company_structure.php