E, no entanto, eles também sofrem...
Ultimamente, são vários os casos de tradutores, mortos, feridos, usados como reféns, como escudo ou simplesmente como moeda de troca... (basta olhar para os episódios verificados nos inúmeros teatros de guerra e conflito onde os tradutores, tantas vezes esquecidos, acabam por ter um papel preponderante). E, no entanto, sempre e teimosamente invisíveis...
No fundo, vítimas das circunstâncias profissionais que os empurram para o perigo (ou talvez não), erros e acaso do destino, danos colaterais, acidentes de percurso, enfim...
Tudo no exercício da sua profissão, por uma causa, por causas, por princípios, ou apenas alvos do acaso e de um destino que os coloca no lado errado da fronteira.
Por isso, vem-me à memória o episódio do tradutor de Rushdie, esfaqueado há uns anos atrás por um fanático, num episódio grotesco decretado pela "fatwa", e aqui abordado.
E, proporções e distâncias à parte, lembro-me daquele dia, nos idos de 90, em que um ex-PIDE me entra pelo escritório dentro, e ameaça com uma arma de fogo, pedindo-me "humildemente" que falsificasse uns documentozinhos a apresentar e certificar no notário, e com os quais se poderia habilitar a uma choruda herança e outras benesses familiares.
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