Monday, March 09, 2009

Quando a cabeça (do cliente) não tem juízo, o tradutor é que paga...

Eu já sabia, tinha cá um pressentimento, de que, lá no fundo, no fundo, esta bronca do Magalhães ainda ia sobrar para nós... o elo mais fraco, a modos que bode expiatório, ou seja, o tradutorzeco, melhor ainda, a traduçãozeca, essa coisa sem importância e menor, que se faz, assim com uma máquina, tipo merceeiro, e que depois se corrige à mão e em cima do joelho, para dar o toque ou retoque (tipo bate-chapas) final...
Mas o cliente tem sempre razão, e a ganância e a ânsia do lucro fácil dos progenitores do Magalhães é, a todos os títulos, exemplar. Que se lixe o "sofeteuére", que se lixe o "ardeuére" e os manuais de instruções, "elpefailes" e "faques", que se lixe o joguinho e que se lixe se as criancinhas conseguem ou não perceber as suas regrinhas e jogar o dito joguinho, ou mesmo ler as suas instruções... lixo literário inferior, por certo, filho de um deus menor. Afinal de contas, é mesmo muito fácil traduzir... e então tratando-se de instruções, qualquer pessoa está habilitada a tal, desde o Tino de Rãs, até ao Papa Bento XVI, passando, é claro, por Manuel Alegre ou pelo próprio José Mourinho.
Ah, a célebre e tão elogiada "localização", que ninguém percebe o que é, que ninguém sabe o que é, mas que toda a gente pratica de forma "inconciente" e abre a boca até às goelas de tanto fascínio e sedução... (bocejo...)
Valha-nos São Jerónimo.

2 comments:

jorge said...

Pois... pois! Caríssimo, lá dizia o outro, "O C* é sempre o último a saber"! E nós ficamos sempre a saber quando mais ninguém assume as suas responsabilidades. Em particular as Milús e Sótrakes deste mundo!

Conceição said...

neste blog a mafalda diz tudo:

http://fidusinterpres.com/?p=580#comment-1371