Com a futura norma que passará a regulamentar os serviços de tradução, assistimos a um fim de um ciclo. O fim de uma época em que imperava a visão romântica do tradutor, isolado na sua torre de marfim e inacessível ao convívio social e relacionamento interpessoal.
Hoje, acima de tudo, o tradutor é visto com um gestor de projectos, com tudo o que isso implica em termos de novos perfis e competências profissionais.
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. No actual universo da tradução, mudaram-se os tempos e as vontades, mas também as metodologias de trabalho, as exigências e os perfis dos clientes e dos próprios tradutores. Mudou o mercado e o “timing” de execução dos trabalhos, os prazos, os locais e os contextos de tradução.
Mudaram as ferramentas de trabalho e mudaram as competências e qualidades do tradutor. Mudou o estilo de abordagem face ao cliente e mudou a própria postura de relacionamento entre os profissionais da tradução. Exigem-se novos padrões de comportamento e novos parâmetros de ética e deontologia profissionais capazes de aceitar a diferença com tolerância e respeito mútuos.
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