Tuesday, October 27, 2009
Monday, October 26, 2009
60 minutos
Olha, olha, uma tradutora no 60 minutos.
Segundo dizem as más línguas, parece que se lembraram de nós...
Segundo dizem as más línguas, parece que se lembraram de nós...
Spooky!
Believe it or not
More Americans believe in haunted houses than global warming : A scary Halloween tale.
E, já agora, aproveitem para responder ao quiz no final do artigo...
Sunday, October 25, 2009
A laranja
Tartarugas amigas
Saturday, October 24, 2009
Crowdsourcing translations: Uma questão de borlas
Anda tudo à procura do mesmo.
A Google não paga as suas traduções, o ProZ também não.
Agora foi a vez do LinkedIn.
A Common Sense Advisory defende a iniciativa.
"The take-away for freelancers is clear: CT3 is not a threat to the profession. It is simply another method of working in the digital age. Just like computer-assisted translation (CAT) tools were once seen as a threat by freelancers who had no familiarity with them, CT3 looks and sounds menacing at first to those who have not engaged it in before. In reality, the practice generates more work for freelancers -- not just for translation of traditional projects, but post-editing and proofreading of CT3 content -- because it opens up new multilingual markets that companies might not otherwise enter." (artigo aqui)
É claro que a polémica estalou, com esta resposta de Matthew Bennett, aqui
Mas do que eu gosto mesmo, mesmo, mesmo mais, é destas siglazinhas, tão lindas e maneirinhas, que não dizem nada, tão ocas, adocicadas e fúteis como "pastéis de ar-e-vento", como dizia a minha mãe.
Ora vejam só: CT3 — community, crowdsourced, and collaborative translation" Lindo, não é? Mas vende, é o que interessa. Areia para os olhos dos incautos. E lá vamos andando todos embrulhados nessa imensa nebulosa do "crowdsourcing".
"Life imitates art", ou será o contrário.
Bem prega Frei Tomás! Faz o que ele diz, não faças o que ele faz.
Mas onde será que eu já ouvi isto?
A Google não paga as suas traduções, o ProZ também não.
Agora foi a vez do LinkedIn.
A Common Sense Advisory defende a iniciativa.
"The take-away for freelancers is clear: CT3 is not a threat to the profession. It is simply another method of working in the digital age. Just like computer-assisted translation (CAT) tools were once seen as a threat by freelancers who had no familiarity with them, CT3 looks and sounds menacing at first to those who have not engaged it in before. In reality, the practice generates more work for freelancers -- not just for translation of traditional projects, but post-editing and proofreading of CT3 content -- because it opens up new multilingual markets that companies might not otherwise enter." (artigo aqui)
É claro que a polémica estalou, com esta resposta de Matthew Bennett, aqui
Mas do que eu gosto mesmo, mesmo, mesmo mais, é destas siglazinhas, tão lindas e maneirinhas, que não dizem nada, tão ocas, adocicadas e fúteis como "pastéis de ar-e-vento", como dizia a minha mãe.
Ora vejam só: CT3 — community, crowdsourced, and collaborative translation" Lindo, não é? Mas vende, é o que interessa. Areia para os olhos dos incautos. E lá vamos andando todos embrulhados nessa imensa nebulosa do "crowdsourcing".
"Life imitates art", ou será o contrário.
Bem prega Frei Tomás! Faz o que ele diz, não faças o que ele faz.
Mas onde será que eu já ouvi isto?
O Concerto de Gigli (de Tom Murphy)
Há muito que queria falar disto aqui.
Tratou-se de um dos espectáculos mais intensos que vi recentemente, numa tradução soberba e irrepreensível do Paulo Eduardo Carvalho (esse mago da palavra, alquimista trabalhando no limiar da metamorfose, que parece captar como ninguém a riqueza da dramaturgia irlandesa).
E, no entanto, modesto e humilde como sempre, quando, no final, lhe deram os parabéns pela fantástica tradução, respondendo apenas com um sincero, e nada afectado, "quando o texto é bom, quando o que está por detrás do nosso trabalho tem uma dimensão assim tão grande, o nosso trabalho fica facilitado e saímos de cena". [minha tradução]
Como se nem se notasse, portanto.
Pois é, Paulo, o problema é que se nota, e muito. E é por isso que se nota o teu dedo na construção do texto, suportando a força e a intensidade dramáticas dos actores. E é isso que dá força e magia ao teu trabalho. E é isso que te torna ainda mais visível, nesta obscuridade com que, às vezes, nos olham.
Você sabia que...
... no Brasil, há um Projecto deLei n.º 1676/99, da autoria do deputado federal Aldo Rebelo, que proíbe liminarmente o uso de estrangeirismos, mesmo em vocabulário técnico.
O texto completo da proposta encontra-se aqui.
A referida polémica em torno daquilo que se designou " A Guerra do Estrangeirismo" originou uma contra-resposta, aqui.
O texto completo da proposta encontra-se aqui.
A referida polémica em torno daquilo que se designou " A Guerra do Estrangeirismo" originou uma contra-resposta, aqui.
Os estrangerismos e a defesa da língua portuguesa
Artigo publicado no jornal "O Globo", do dia 16 de Outubro de 2009 (versão online, disponível aqui)
'Os estrangerismos e a defesa da língua portuguesa'
Publicada em 16/10/2009 às 12h44m
Artigo do leitor Diego Barbosa da Silva
Desde maio deste ano, a lei 5033 está em vigor no município do Rio de Janeiro. De autoria do vereador Roberto Monteiro, ela dispõe sobre a exposição de propagandas em outros idiomas no Rio, tornando obrigatória a tradução em palavras cujas letras sejam do mesmo formato das originais. Caso contrário, em descumprimento, o artigo 3º da lei prevê multa de R$ 5 mil na primeira ocorrência, o dobro em caso de reincidência e até suspensão do alvará.
Não é de hoje que os brasileiros presenciam lei como esta. Desde 1999 tramita no Congresso Nacional um projeto de lei do deputado Aldo Rebelo, do mesmo partido do vereador carioca, que dispõe sobre a promoção, proteção, a defesa e o uso da língua portuguesa e a torna obrigatória no ensino, trabalho, relações jurídicas, meios de comunicação de massa, produção e consumo de produtos e na publicidade por brasileiros natos e estrangeiros residentes há mais de um ano no país. Ele ainda afirma que "qualquer uso da palavra ou expressão em língua estrangeira", sobretudo se tiver correspondente em português, seria "considerado lesivo ao patrimônio cultural brasileiro e punível com multa na forma da lei".
O deputado justifica a lei afirmando que os estrangeirismos descaracterizam a língua portuguesa e esse fato corresponde à "falta de senso crítico, estético e autoestima" do brasileiro. De certo, o projeto de lei causou forte reação de linguistas em todo o país e por isso recebeu várias emendas.
Para o vereador carioca, autor da referida lei, os cidadãos não compreendem o que as propagandas querem dizer, o que criaria para eles um desconforto. Ele invoca a Constituição para afirmar que todos são iguais e as propagandas limitam o entendimento de apenas um grupo, o que causaria uma desigualdade.
A conclusão a que chegamos é que ele enxerga os cidadãos como se fossem incapazes de compreender os anúncios. Mas pelo contrário, se eles não entendem tais anúncios, é porque não tiveram acesso a meios que lhes permitissem, como por exemplo, uma boa escola pública. Assim, por que não elaborar uma lei para aumentar o orçamento da educação no município do Rio de Janeiro?
A lei 5033 baseia-se num pensamento equivocado, que já deveria estar superado, de que há uma língua nacional pura, mais correta, que representa nossa cultura e por isso precisa ser defendida dos ataques estrangeiros, principalmente do inglês. A lei endossa o preconceito e a crença de que não somos um país multilingue. E não me refiro às línguas indígenas ou dos imigrantes, mas às várias línguas portuguesas que estão aí e são quase sempre esquecidas.
A língua é viva, transforma-se. E o que está fora hoje da norma culta amanhã pode não estar mais, porque a língua justamente pertence a quem a fala. Não precisamos ter medo dos estrangeirismos, pois o contato entre línguas sempre foi enriquecedor e a diversidade, fruto desse contato, nos torna mais preparados às transformações do ambiente. O inglês mesmo, essa língua "tão ameaçadora", tem palavras de origens de mais de 350 línguas, sendo que metade do seu vocabulário é de origem latina.
Não nos resta nenhuma dúvida da necessidade de uma política linguística para a elaboração de novos métodos de ensino de línguas e para a melhoria da educação do nosso Brasil, sobretudo para que todos tenhamos consciência das variedades de nossa língua e dos seus diferentes ambientes de uso. Mas não podemos perder o foco, pois o falante-cidadão é livre para se expressar como queira, afinal, língua também é identidade, intimidade e direito.
Comentário:
Lei n.º 5033 proíbe, no município do Riode Janeiro, a utilização de estrangeirismos em cartazes publicitários.
Os prevaricadores sujeitam-se a uma multa pesada e, em caso de reincidência, àsuspensão do alvará.
Este tipo de documento legal tem antecedentes no Brasil. O mais célebre é o Projecto deLei n.º 1676/99, do deputado federal Aldo Rebelo, que proíbe liminarmente o uso de estrangeirismos, mesmo em vocabulário técnico.
'Os estrangerismos e a defesa da língua portuguesa'
Publicada em 16/10/2009 às 12h44m
Artigo do leitor Diego Barbosa da Silva
Desde maio deste ano, a lei 5033 está em vigor no município do Rio de Janeiro. De autoria do vereador Roberto Monteiro, ela dispõe sobre a exposição de propagandas em outros idiomas no Rio, tornando obrigatória a tradução em palavras cujas letras sejam do mesmo formato das originais. Caso contrário, em descumprimento, o artigo 3º da lei prevê multa de R$ 5 mil na primeira ocorrência, o dobro em caso de reincidência e até suspensão do alvará.
Não é de hoje que os brasileiros presenciam lei como esta. Desde 1999 tramita no Congresso Nacional um projeto de lei do deputado Aldo Rebelo, do mesmo partido do vereador carioca, que dispõe sobre a promoção, proteção, a defesa e o uso da língua portuguesa e a torna obrigatória no ensino, trabalho, relações jurídicas, meios de comunicação de massa, produção e consumo de produtos e na publicidade por brasileiros natos e estrangeiros residentes há mais de um ano no país. Ele ainda afirma que "qualquer uso da palavra ou expressão em língua estrangeira", sobretudo se tiver correspondente em português, seria "considerado lesivo ao patrimônio cultural brasileiro e punível com multa na forma da lei".
O deputado justifica a lei afirmando que os estrangeirismos descaracterizam a língua portuguesa e esse fato corresponde à "falta de senso crítico, estético e autoestima" do brasileiro. De certo, o projeto de lei causou forte reação de linguistas em todo o país e por isso recebeu várias emendas.
Para o vereador carioca, autor da referida lei, os cidadãos não compreendem o que as propagandas querem dizer, o que criaria para eles um desconforto. Ele invoca a Constituição para afirmar que todos são iguais e as propagandas limitam o entendimento de apenas um grupo, o que causaria uma desigualdade.
A conclusão a que chegamos é que ele enxerga os cidadãos como se fossem incapazes de compreender os anúncios. Mas pelo contrário, se eles não entendem tais anúncios, é porque não tiveram acesso a meios que lhes permitissem, como por exemplo, uma boa escola pública. Assim, por que não elaborar uma lei para aumentar o orçamento da educação no município do Rio de Janeiro?
A lei 5033 baseia-se num pensamento equivocado, que já deveria estar superado, de que há uma língua nacional pura, mais correta, que representa nossa cultura e por isso precisa ser defendida dos ataques estrangeiros, principalmente do inglês. A lei endossa o preconceito e a crença de que não somos um país multilingue. E não me refiro às línguas indígenas ou dos imigrantes, mas às várias línguas portuguesas que estão aí e são quase sempre esquecidas.
A língua é viva, transforma-se. E o que está fora hoje da norma culta amanhã pode não estar mais, porque a língua justamente pertence a quem a fala. Não precisamos ter medo dos estrangeirismos, pois o contato entre línguas sempre foi enriquecedor e a diversidade, fruto desse contato, nos torna mais preparados às transformações do ambiente. O inglês mesmo, essa língua "tão ameaçadora", tem palavras de origens de mais de 350 línguas, sendo que metade do seu vocabulário é de origem latina.
Não nos resta nenhuma dúvida da necessidade de uma política linguística para a elaboração de novos métodos de ensino de línguas e para a melhoria da educação do nosso Brasil, sobretudo para que todos tenhamos consciência das variedades de nossa língua e dos seus diferentes ambientes de uso. Mas não podemos perder o foco, pois o falante-cidadão é livre para se expressar como queira, afinal, língua também é identidade, intimidade e direito.
Comentário:
Lei n.º 5033 proíbe, no município do Riode Janeiro, a utilização de estrangeirismos em cartazes publicitários.
Os prevaricadores sujeitam-se a uma multa pesada e, em caso de reincidência, àsuspensão do alvará.
Este tipo de documento legal tem antecedentes no Brasil. O mais célebre é o Projecto deLei n.º 1676/99, do deputado federal Aldo Rebelo, que proíbe liminarmente o uso de estrangeirismos, mesmo em vocabulário técnico.
Friday, October 23, 2009
Good ole 80s
Como eu gosto desta revisitação do som dos anos 80 por estas novas bandas. Estes lembram Joy Division, The Sound, The Chameleons e afins...
Editors - Papillon
EDITORS | MySpace Video
Editors - Papillon
EDITORS | MySpace Video
Monday, October 19, 2009
Saturday, October 17, 2009
I am back
Ando um pouco arredado destas lides, eu sei, mas não é por mal, nem por desrespeito aos distinto(a)s leitore(a)s.
Apenas trabalho e os inadiáveis compromissos.
Entretanto, deixo-vos com este artigo, que vem corroborar aquilo por que tantas vezes luto.
As línguas (e os alunos de línguas) são estratégicos e um valor económico para as empresas.
Só os chico-espertos, empresários ardilosos e empregadores com visão limitada é que não partilham destes anseios. Porque é, muitas vezes, de mão-de-obra barata e de "carne para canhão", explorada até ao limite, sem qualquer escrúpulo, que estamos a falar.
A ler, aqui.
Apenas trabalho e os inadiáveis compromissos.
Entretanto, deixo-vos com este artigo, que vem corroborar aquilo por que tantas vezes luto.
As línguas (e os alunos de línguas) são estratégicos e um valor económico para as empresas.
Só os chico-espertos, empresários ardilosos e empregadores com visão limitada é que não partilham destes anseios. Porque é, muitas vezes, de mão-de-obra barata e de "carne para canhão", explorada até ao limite, sem qualquer escrúpulo, que estamos a falar.
A ler, aqui.
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