O "Norte" de Miguel Esteves Cardoso
O Norte é mais Português que Portugal. As minhotas são as raparigas mais bonitas do País. O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.
Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas.
Mais verdades.
No Norte a comida é melhor.
O vinho é melhor.
O serviço é melhor.
Os preços são mais baixos.
Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia
Estas são as verdades do Norte de Portugal
Mas há uma verdade maior.
É que só o Norte existe. O Sul não existe.
As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta.
Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.
No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?
No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.
Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país
Não haja enganos.
Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.
Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.
Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.
Mas o Norte é onde Portugal começa.
Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.
Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.
Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.
Mais ou menos peninsular, ou insular.
É esta a verdade.
Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.
No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa.
O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.
O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade.
Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.
O Norte é feminino.
O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.
As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos.
Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas.
São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente.
Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial.
O Norte é a nossa verdade.
Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.
Depois percebi.
Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte".
Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.
No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.
O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os- Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.
O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm e dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?
Escrito por Miguel Esteves Cardoso
Thursday, September 30, 2010
Sunday, September 19, 2010
Friday, September 17, 2010
Acções de formação em tradução
A Expressão, empresa de tradução especializada, em parceria com o centro de línguas BabeliUM, vai promover, nos meses de Outubro e Novembro, cursos para tradutores nas áreas da contabilidade, economia e finanças.
Contabilidade e análise financeira para tradutores
1 e 2 de Outubro (português/inglês)
5 e 6 de Novembro (português/alemão)
Finanças para tradutores
8 e 9 de Outubro (português/inglês)
12 e 13 de Novembro (português/alemão)
Economia para tradutores
15 e 16 de Outubro (português/inglês)
19 e 20 de Novembro (português/alemão)
Horário pós-laboral: sexta-feira (19h00-22h00); sábado (09h30-12h30; 14h00-17h00)
Estes cursos serão ministrados por Susana Peixoto, Licenciada em Gestão e Mestre em Finanças pela Faculdade de Economia do Porto. Docente universitária nas disciplinas de Economia, Análise Financeira e Projectos de Investimento e formadora certificada pelo IEPF, Susana Peixoto é sócia-gerente da Expressão, uma empresa de tradução especializada na área económico-financeira.
Para inscrições ou mais informações, consulte o site http://www.expressao.pt/engine.php?cat=47.
Contabilidade e análise financeira para tradutores
1 e 2 de Outubro (português/inglês)
5 e 6 de Novembro (português/alemão)
Finanças para tradutores
8 e 9 de Outubro (português/inglês)
12 e 13 de Novembro (português/alemão)
Economia para tradutores
15 e 16 de Outubro (português/inglês)
19 e 20 de Novembro (português/alemão)
Horário pós-laboral: sexta-feira (19h00-22h00); sábado (09h30-12h30; 14h00-17h00)
Estes cursos serão ministrados por Susana Peixoto, Licenciada em Gestão e Mestre em Finanças pela Faculdade de Economia do Porto. Docente universitária nas disciplinas de Economia, Análise Financeira e Projectos de Investimento e formadora certificada pelo IEPF, Susana Peixoto é sócia-gerente da Expressão, uma empresa de tradução especializada na área económico-financeira.
Para inscrições ou mais informações, consulte o site http://www.expressao.pt/engine.php?cat=47.
5º SEMINÁRIO HOT – Hands-on Translation
5º SEMINÁRIO HOT – Hands-on Translation
Investigação em Estudos de Tradução
Numa iniciativa do BabeliUM, Centro de Línguas da Universidade do Minho, o Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da Universidade do Minho acolherá, nos próximos dias 22 e 23 de Outubro de 2010, o seu 5º Seminário HOT na área... da Tradução, subordinado ao tema: Investigação em Estudos de Tradução. O seminário terá a duração de 2 dias e contará com a participação dos seguintes especialistas internacionais, responsáveis pela dinamização de conferências e sessões de trabalho sobre o tema em questão:
· Andrew Chesterman – Universidade de Helsínquia, Finlândia;
· Christina Schaeffner – Aston University, Birmingham, Reino Unido;
· Yves Gambier – Universidade de Turku, Finlândia;
Destinatários: Alunos, recém-licenciados, tradutores e intérpretes, profissionais e professores de tradução/interpretação, investigadores na área dos Estudos de Tradução Línguas de trabalhoInglês e Francês Local do evento
Instituto de Letras e Ciências Humanas
Campus de Gualtar, Universidade do Minho, Braga
Mais informações em http://ceh.ilch.uminho.pt/hot/
Investigação em Estudos de Tradução
Numa iniciativa do BabeliUM, Centro de Línguas da Universidade do Minho, o Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da Universidade do Minho acolherá, nos próximos dias 22 e 23 de Outubro de 2010, o seu 5º Seminário HOT na área... da Tradução, subordinado ao tema: Investigação em Estudos de Tradução. O seminário terá a duração de 2 dias e contará com a participação dos seguintes especialistas internacionais, responsáveis pela dinamização de conferências e sessões de trabalho sobre o tema em questão:
· Andrew Chesterman – Universidade de Helsínquia, Finlândia;
· Christina Schaeffner – Aston University, Birmingham, Reino Unido;
· Yves Gambier – Universidade de Turku, Finlândia;
Destinatários: Alunos, recém-licenciados, tradutores e intérpretes, profissionais e professores de tradução/interpretação, investigadores na área dos Estudos de Tradução Línguas de trabalhoInglês e Francês Local do evento
Instituto de Letras e Ciências Humanas
Campus de Gualtar, Universidade do Minho, Braga
Mais informações em http://ceh.ilch.uminho.pt/hot/
Sunday, August 15, 2010
O portuga (isso mesmo, com "p" pequeno)
No fim-de-semana em que começa mais um capítulo da novela "Panis et Circensis" (em que o pão escasseia em proporção diametralmente oposta ao espectáculo circense dos nossos futebóis), talvez valha a pena relembrar este tema de Gabriel, o Pensador, com vídeo feito à medida.
E, talvez, mudar os nomes dos personagens, segundo a errata abaixo:
Onde se ouve Brazuca, deve ouvir-se Portuga (please fill in the gaps with the appropriate "cromo do futebol" + flag + merchandising + bandeiras e cachecóis "à la Scolari")
E onde se ouve Zé Trabalha, deve ouvir-se Zé Trabuca (mas não Manduca - Nota do Tradutor). Mas também podia ser Zé Ninguém.
E, talvez, mudar os nomes dos personagens, segundo a errata abaixo:
Onde se ouve Brazuca, deve ouvir-se Portuga (please fill in the gaps with the appropriate "cromo do futebol" + flag + merchandising + bandeiras e cachecóis "à la Scolari")
E onde se ouve Zé Trabalha, deve ouvir-se Zé Trabuca (mas não Manduca - Nota do Tradutor). Mas também podia ser Zé Ninguém.
Friday, July 23, 2010
Dá que pensar
Um alemão, procurando orientação sobre o caminho, pára o seu carro ao lado de outro com dois alentejanos dentro.
O alemão pergunta:
- 'Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen?'
Os dois alentejanos ficaram mudos.
Tentou de novo:
- 'Please, do you speak English?'
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- 'Hablan ustedes español?'
Nada por parte dos alentejanos.
- 'Prego signori, parlate italiano?'
Nenhuma resposta.
- 'Excusez-moi, parlez vous français?'
Nada.
Angustiado, o alemão desiste e vai-se embora.
Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz:
- Talvez devêssemos aprender uma língua estrangeira...
- Mas para quê, compadre? Aquele gajo sabia cinco... E adiantou-lhe alguma coisa?
O alemão pergunta:
- 'Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen?'
Os dois alentejanos ficaram mudos.
Tentou de novo:
- 'Please, do you speak English?'
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- 'Hablan ustedes español?'
Nada por parte dos alentejanos.
- 'Prego signori, parlate italiano?'
Nenhuma resposta.
- 'Excusez-moi, parlez vous français?'
Nada.
Angustiado, o alemão desiste e vai-se embora.
Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz:
- Talvez devêssemos aprender uma língua estrangeira...
- Mas para quê, compadre? Aquele gajo sabia cinco... E adiantou-lhe alguma coisa?
Thursday, July 22, 2010
Saturday, July 17, 2010
Friday, May 28, 2010
Friday, May 21, 2010
A Tradução ficou mais pobre
O Paulo era uma das pessoas mais fascinantes que conheci.
Amável, generoso, vivo e intectualmente brilhante, era um académico ímpar, um tradutor exemplar e um colega cúmplice e sempre presente, que nos saudava com aquele seu pestanejar tão característico...
Com ele, aprendi a ver teatro através dos olhos e das palavras do Tradutor, deixando-me guiar pela sua mão serena, pelo seu verbo fluente e pelo seu léxico perfeito.
Uma sublime e forte diccção.
E foi também, graças a ele, que o posicionamento e o estatuto social do Tradutor cresceu no meio das artes e letras nacionais e internacionais, consolidando a sua reputação no espaço público.
Era reconhecido e respeitado no meio e, portanto, uma referência cultural incontornável.
De tal forma, que, ultimamente, eu próprio já não ia ao teatro para ver uma peça de Friel, Pinter ou Murphy, mas antes para assistir à Tradução (ou, melhor dizendo, à Celebração) do Paulo.
Conheci-o quando Seamus Heaney esteve na FLUP pela primeira vez e com ele estabeleci uma afinidade que ultrapassava o mero espaço/imaginário irlandês, e que se prolongava, obviamente, nessa cumplicidade e sensibilidade atentas que a tradução tantas vezes convoca.
E, de repente, esta manhã, isto.
Dele recordo vários momentos, com saudade.
Sobretudo a última entrevista que me concedeu, para o meu doutoramento, na qual, ao longo de uma hora e meia, falou de si, da sua obra e da forma como encarava esse acto solitário, voluntário e generoso que é a tradução. Um génio absoluto.
E, em especial, quando, no final, ao despedir-se, me entregou o seu livro (que teria honras de apresentação pública dali a dias), autografado, dizendo-me baixinho "Toma, ofereço-te este livro, mas tem cuidado, e vê se o escondes na mala, porque tenho poucos, e ainda não ofereci um exemplar ao A e B".
A vida não será a mesma sem ele.
Fica a obra, a memória e a palavra.
Adeus, Amigo, até sempre.
Amável, generoso, vivo e intectualmente brilhante, era um académico ímpar, um tradutor exemplar e um colega cúmplice e sempre presente, que nos saudava com aquele seu pestanejar tão característico...
Com ele, aprendi a ver teatro através dos olhos e das palavras do Tradutor, deixando-me guiar pela sua mão serena, pelo seu verbo fluente e pelo seu léxico perfeito.
Uma sublime e forte diccção.
E foi também, graças a ele, que o posicionamento e o estatuto social do Tradutor cresceu no meio das artes e letras nacionais e internacionais, consolidando a sua reputação no espaço público.
Era reconhecido e respeitado no meio e, portanto, uma referência cultural incontornável.
De tal forma, que, ultimamente, eu próprio já não ia ao teatro para ver uma peça de Friel, Pinter ou Murphy, mas antes para assistir à Tradução (ou, melhor dizendo, à Celebração) do Paulo.
Conheci-o quando Seamus Heaney esteve na FLUP pela primeira vez e com ele estabeleci uma afinidade que ultrapassava o mero espaço/imaginário irlandês, e que se prolongava, obviamente, nessa cumplicidade e sensibilidade atentas que a tradução tantas vezes convoca.
E, de repente, esta manhã, isto.
Dele recordo vários momentos, com saudade.
Sobretudo a última entrevista que me concedeu, para o meu doutoramento, na qual, ao longo de uma hora e meia, falou de si, da sua obra e da forma como encarava esse acto solitário, voluntário e generoso que é a tradução. Um génio absoluto.
E, em especial, quando, no final, ao despedir-se, me entregou o seu livro (que teria honras de apresentação pública dali a dias), autografado, dizendo-me baixinho "Toma, ofereço-te este livro, mas tem cuidado, e vê se o escondes na mala, porque tenho poucos, e ainda não ofereci um exemplar ao A e B".
A vida não será a mesma sem ele.
Fica a obra, a memória e a palavra.
Adeus, Amigo, até sempre.
Thursday, May 06, 2010
Tuesday, April 27, 2010
Sunday, April 25, 2010
Why translators deserve some credit
Why translators deserve some credit
It's time to acknowledge translators – the underpaid and unsung heroesbehind the global success of many writers
Artigo aqui
It's time to acknowledge translators – the underpaid and unsung heroesbehind the global success of many writers
Artigo aqui
Ecos da conferência de António Câmara na Universidade do Minho
Sessão solene comemorativa dos 36 anos do 25 de Abril
Cavaco Silva: mar e indústrias criativas são novas oportunidades do país
25.04.2010 - 12:05 Por Lusa, PÚBLICO
"(...) Reconhecendo que “Portugal vive uma grave crise, que é de todos conhecida”, Cavaco Silva lançou o repto de conseguirmos aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mar e pelas indústrias criativas.
“Os portugueses perguntam-se todos os dias para onde é que estão a conduzir o país”, notou o Presidente da República. A fim de não “perder tempo” e para enfrentar uma “concorrência que será implacável”, o país precisa de “repensar a sua relação com o mar e as formas como explora as oportunidades que este dá”. Cavaco Silva considera que “importa afirmar a ideia de que o mar é um activo económico maior do nosso futuro” e que “o mar se deve tornar na verdadeira prioridade da política nacional”.
Mas as indústrias criativas também são muito necessárias, com a criação de centros de excelência e pólos de conhecimento em várias cidades, como Lisboa e Porto. (...)"
Cavaco Silva: mar e indústrias criativas são novas oportunidades do país
25.04.2010 - 12:05 Por Lusa, PÚBLICO
"(...) Reconhecendo que “Portugal vive uma grave crise, que é de todos conhecida”, Cavaco Silva lançou o repto de conseguirmos aproveitar as oportunidades oferecidas pelo mar e pelas indústrias criativas.
“Os portugueses perguntam-se todos os dias para onde é que estão a conduzir o país”, notou o Presidente da República. A fim de não “perder tempo” e para enfrentar uma “concorrência que será implacável”, o país precisa de “repensar a sua relação com o mar e as formas como explora as oportunidades que este dá”. Cavaco Silva considera que “importa afirmar a ideia de que o mar é um activo económico maior do nosso futuro” e que “o mar se deve tornar na verdadeira prioridade da política nacional”.
Mas as indústrias criativas também são muito necessárias, com a criação de centros de excelência e pólos de conhecimento em várias cidades, como Lisboa e Porto. (...)"
Friday, April 16, 2010
Wednesday, April 14, 2010
Monday, April 12, 2010
Sunday, April 11, 2010
Thursday, April 08, 2010
Monday, April 05, 2010
Monday, March 29, 2010
Friday, March 19, 2010
Palavras para quê?
Quase tudo o que eu quis saber sobre Technical English (ou Inglês Técnico, para os mais distraídos...)
Wednesday, March 17, 2010
Para além dos montes
Gente boa, gente da terra. Despojamento e vitalidade.
Sem peneiras, com sinceridade, alma pujante, altiva, um som genuíno.
Que mais podemos querer.
Dançar e bailar, saltar e brincar por el aire
Rodopiando até cair...
Sem peneiras, com sinceridade, alma pujante, altiva, um som genuíno.
Que mais podemos querer.
Dançar e bailar, saltar e brincar por el aire
Rodopiando até cair...
Monday, March 08, 2010
Salve-se quem puder...
O Scolari tinha uma frase para isto...
E o burro sou eu?
Conheço o Jody Byrne há alguns anos, e acho-o um excelente profissional e formador de tradutores. O seu discurso é entusiasmante, porque feito de garra, força e saber. Sabe do que fala, porque este é o seu ofício. E, acima de tudo, gosta do que faz.
Por isso, este post é brilhante e explica por que razão é que os fóruns de tradutores estão inundados de néscios e inconscientes, "snipers" amadores e incompetentes encartados que só baralham, confundem e semeiam a confusão num terreno já de si baldio e esgotado, onde cada um faz o que lhe apetece, obedecendo à política da terra queimada.
É claro que há excepções... que as há, e de alto gabarito. Conheço-os/as e sigo o seu exemplo.
Daí que isto só sirva, é claro, a quem enfiar a carapuça.
Fica o aviso, para os mais incautos e desprevenidos.
Às gerações vindouras, portanto.
E o burro sou eu?
Conheço o Jody Byrne há alguns anos, e acho-o um excelente profissional e formador de tradutores. O seu discurso é entusiasmante, porque feito de garra, força e saber. Sabe do que fala, porque este é o seu ofício. E, acima de tudo, gosta do que faz.
Por isso, este post é brilhante e explica por que razão é que os fóruns de tradutores estão inundados de néscios e inconscientes, "snipers" amadores e incompetentes encartados que só baralham, confundem e semeiam a confusão num terreno já de si baldio e esgotado, onde cada um faz o que lhe apetece, obedecendo à política da terra queimada.
É claro que há excepções... que as há, e de alto gabarito. Conheço-os/as e sigo o seu exemplo.
Daí que isto só sirva, é claro, a quem enfiar a carapuça.
Fica o aviso, para os mais incautos e desprevenidos.
Às gerações vindouras, portanto.
Thursday, February 11, 2010
De pequenino...
Juvenes Translatores: aluno das Caldas da Rainha vence em Portugal o concurso europeu para jovens tradutores
Foram hoje anunciados os vencedores do concurso anual da Comissão Europeia «Juvenes Translatores» («jovens tradutores», em latim), destinado às escolas de toda a Europa. Os 27 vencedores, um por cada Estado‑Membro da UE, serão convidados a deslocar-se a Bruxelas em Março para receber o seu prémio das mãos da Comissária Europeia responsável pelo multilinguismo.
Em Portugal, o vencedor do concurso foi o aluno Tomás Quitério, do Colégio Rainha Dona Leonor, nas Caldas da Rainha. As traduções vencedoras podem ser consultadas no sítio web do concurso: http://ec.europa.eu/translatores .
Os tradutores da Representação da Comissão Europeia em Portugal estarão presentes no dia 11, às 14.00, no Colégio Rainha Dona Leonor, nas Caldas da Rainha, para felicitar o aluno vencedor do concurso europeu Juvenes Translatores e fazer uma apresentação multimédia sobre a importância da aprendizagem de línguas estrangeiras e da tradução.
A cerimónia oficial de entrega dos prémios a nível europeu terá lugar no dia 25 de Março de 2010, em Bruxelas.
Foram hoje anunciados os vencedores do concurso anual da Comissão Europeia «Juvenes Translatores» («jovens tradutores», em latim), destinado às escolas de toda a Europa. Os 27 vencedores, um por cada Estado‑Membro da UE, serão convidados a deslocar-se a Bruxelas em Março para receber o seu prémio das mãos da Comissária Europeia responsável pelo multilinguismo.
Em Portugal, o vencedor do concurso foi o aluno Tomás Quitério, do Colégio Rainha Dona Leonor, nas Caldas da Rainha. As traduções vencedoras podem ser consultadas no sítio web do concurso: http://ec.europa.eu/translatores .
Os tradutores da Representação da Comissão Europeia em Portugal estarão presentes no dia 11, às 14.00, no Colégio Rainha Dona Leonor, nas Caldas da Rainha, para felicitar o aluno vencedor do concurso europeu Juvenes Translatores e fazer uma apresentação multimédia sobre a importância da aprendizagem de línguas estrangeiras e da tradução.
A cerimónia oficial de entrega dos prémios a nível europeu terá lugar no dia 25 de Março de 2010, em Bruxelas.
Monday, February 08, 2010
Obituário: Hans Vermeer
On 4 February 2010, the great translation theorist and scholar Professor Dr. Dr. h. c. Hans J. Vermeer, our invaluable and very dear teacher and friend, departed from us.
We, his friends and students and everyone who knew him, feel this loss deeply.
The world of translation studies has lost one of its founders, one of its most productive and creative theorists, and a magnanimous, modest and caring teacher, who was the source of so many works and who inspired countless researchers and scholars.
We offer our deepest condolences to all friends, colleagues and students of our beloved teacher and to the international translation studies community.
Dilek Dizdar - Şebnem Bahadır
We, his friends and students and everyone who knew him, feel this loss deeply.
The world of translation studies has lost one of its founders, one of its most productive and creative theorists, and a magnanimous, modest and caring teacher, who was the source of so many works and who inspired countless researchers and scholars.
We offer our deepest condolences to all friends, colleagues and students of our beloved teacher and to the international translation studies community.
Dilek Dizdar - Şebnem Bahadır
Saturday, January 30, 2010
Tradução e Filosofia
Vai ter lugar, no próximo dia 26 de Fevereiro, no Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho, a terceira reunião plenária em Portugal da Sociedade Ibérica de Filosofia Grega. O tema da reunião será "Problemas de Tradução do Vocabulário Físico de Aristóteles.
Friday, January 29, 2010
4º HOT - Interpretação
Numa iniciativa do recém-criado BabeliUM, Centro de Línguas da Universidade do Minho, o Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) acolherá, nos próximos dias 12 e 13 de Março de 2010, o seu 4º Seminário HOT na área da Tradução, subordinado ao tema: Interpretação.
Ao longo da história, a Interpretação assumiu-se sempre como uma actividade estratégica e crucial para a interacção humana em múltiplos contextos sociais, históricos e políticos, acabando por desempenhar um papel absolutamente vital nos mais variados cenários internacionais. No âmbito da comunicação multilingue, a Interpretação representa uma das práticas profissionais mais importantes e transversais a toda a actividade translatória, com uma dinâmica e personalidade próprias, que lhe conferem uma peculiaridade específica, merecedora de um singular lugar de destaque no domínio dos Estudos de Tradução. O surgimento dos chamados "Interpreting Studies" é uma prova do lugar autónomo e ímpar que a Interpretação ocupa, e do papel vital que desempenha nos nossos dias. E é também a prova da visibilidade e espaço próprio que esta disciplina vai construindo no âmbito dos Estudos de Tradução, algo que é corroborado pela extraordinária actividade profissional, académica e de investigação que ocorre nesse domínio, a que não será alheia a forma como congrega em si múltiplas manifestações de foro cultural, institucional, político, cognitivo, tecnológico, sociológico e profissional.
O objectivo do 4º seminário HOT - Hands-On Translation, dedicado exclusivamente ao domínio da Interpretação, é o de constituir um fórum de discussão e reflexão sobre esta actividade, através de um enquadramento teórico-prático sobre as múltiplas vertentes da profissão, com base no valioso contributo de alguns dos mais importantes actores neste domínio e na respectiva partilha das suas experiências científicas, académicas e profissionais.
Ao longo da história, a Interpretação assumiu-se sempre como uma actividade estratégica e crucial para a interacção humana em múltiplos contextos sociais, históricos e políticos, acabando por desempenhar um papel absolutamente vital nos mais variados cenários internacionais. No âmbito da comunicação multilingue, a Interpretação representa uma das práticas profissionais mais importantes e transversais a toda a actividade translatória, com uma dinâmica e personalidade próprias, que lhe conferem uma peculiaridade específica, merecedora de um singular lugar de destaque no domínio dos Estudos de Tradução. O surgimento dos chamados "Interpreting Studies" é uma prova do lugar autónomo e ímpar que a Interpretação ocupa, e do papel vital que desempenha nos nossos dias. E é também a prova da visibilidade e espaço próprio que esta disciplina vai construindo no âmbito dos Estudos de Tradução, algo que é corroborado pela extraordinária actividade profissional, académica e de investigação que ocorre nesse domínio, a que não será alheia a forma como congrega em si múltiplas manifestações de foro cultural, institucional, político, cognitivo, tecnológico, sociológico e profissional.
O objectivo do 4º seminário HOT - Hands-On Translation, dedicado exclusivamente ao domínio da Interpretação, é o de constituir um fórum de discussão e reflexão sobre esta actividade, através de um enquadramento teórico-prático sobre as múltiplas vertentes da profissão, com base no valioso contributo de alguns dos mais importantes actores neste domínio e na respectiva partilha das suas experiências científicas, académicas e profissionais.
Mais informações, aqui.
Profissão vs Academia
Um longo debate, sobre o papel dos tradutores profissionais no ensino da tradução. E, por que não, sobre a importância da comunicação multilingue em contextos académicos.
Artigo do "The Chronicle of Higher Education".
Artigo do "The Chronicle of Higher Education".
Tuesday, January 26, 2010
Wednesday, January 13, 2010
Anda na boca de toda a gente (como dizia o anúncio)
(Directamente pela mão da Isabel.)
A cor do horto gráfico
Última actualização do dicionário de lingua portuguesa - novas entradas:
Biscoito: Fazer sexo duas vezes
Abismado: Sujeito que caiu de um abismo
Pressupor: Colocar preço em alguma coisa
Testículo: Texto pequeno
Coitado: Pessoa vítima de coito
Padrão: Padre muito alto
Estouro: Boi que sofreu operação de mudança de sexo
Democracia: Sistema de governo do inferno
Barracão: Proíbe a entrada de caninos
Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas
Detergente: Acto de prender seres humanos
Eficiência: Estudo das propriedades da letra F
Conversão: Conversa prolongada
Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social
Luz solar: Sapato que emite luz por baixo
Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton
Tripulante: Especialista em salto triplo
Contribuir: Ir para algum lugar com vários índios
Aspirado: Carta de baralho completamente maluca
Assaltante: Um 'A' que salta
Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse
Ortográfico: Horta feita com letras
Destilado: do lado contrário a esse
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho
Coordenada: Que não tem cor
Presidiário: Aquele que é preso diariamente
Ratificar: Tornar-se um rato
Violentamente: Viu com lentidão
A cor do horto gráfico
Última actualização do dicionário de lingua portuguesa - novas entradas:
Biscoito: Fazer sexo duas vezes
Abismado: Sujeito que caiu de um abismo
Pressupor: Colocar preço em alguma coisa
Testículo: Texto pequeno
Coitado: Pessoa vítima de coito
Padrão: Padre muito alto
Estouro: Boi que sofreu operação de mudança de sexo
Democracia: Sistema de governo do inferno
Barracão: Proíbe a entrada de caninos
Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas
Detergente: Acto de prender seres humanos
Eficiência: Estudo das propriedades da letra F
Conversão: Conversa prolongada
Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social
Luz solar: Sapato que emite luz por baixo
Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton
Tripulante: Especialista em salto triplo
Contribuir: Ir para algum lugar com vários índios
Aspirado: Carta de baralho completamente maluca
Assaltante: Um 'A' que salta
Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse
Ortográfico: Horta feita com letras
Destilado: do lado contrário a esse
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho
Coordenada: Que não tem cor
Presidiário: Aquele que é preso diariamente
Ratificar: Tornar-se um rato
Violentamente: Viu com lentidão
Monday, January 11, 2010
Tuesday, January 05, 2010
Monday, January 04, 2010
Decisão de Ano Novo
Aprenda a gerir o seu tempo
Mais uma lição magistral, disponível no YouTube, da autoria de Randy Pausch.
Mais uma lição magistral, disponível no YouTube, da autoria de Randy Pausch.
O ano começa mal...
Má notícia, esta.
Lhasa, a cantora nómada, era uma força da natureza, com uma energia e carisma absolutamente divinos.
Ninguém como ela cantou tão bem a comunhão com os elementos.
Ouvi-la (como eu ouvi num concerto nos Jardins do Palácio de Cristal há uns anos atrás) era (e é) uma experiência simultaneamente mística e arrepiante, de tão bela e intensa.
Lhasa, a cantora nómada, era uma força da natureza, com uma energia e carisma absolutamente divinos.
Ninguém como ela cantou tão bem a comunhão com os elementos.
Ouvi-la (como eu ouvi num concerto nos Jardins do Palácio de Cristal há uns anos atrás) era (e é) uma experiência simultaneamente mística e arrepiante, de tão bela e intensa.
Feliz 2010
Com os meus votos atrasados de Bom Ano Novo, aqui vai um dos discursos mais carismáticos dos últimos anos.
Em 2 partes, e com legendas sofríveis...
Em 2 partes, e com legendas sofríveis...
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