Há muito que ando a bater nesta tecla. E a minha prática pedagógica/profissional tende a ser norteada por estes valores (entre outros).
Arte e cultura não são "coisas" menores, num mundo massificado, tecnicizado e cada vez mais nivelado por rankings, métricas e estratégias de normalização. Por isso, o ensino artístico (onde incluo, como é óbvio, as artes, a cultura, a literatura, mas também a língua nas suas mais diferentes manifestações) pode e deve ser considerado como um serviço de utilidade pública, um valor adicional e um vector estratégico de desenvolvimento e afirmação nacionais, pela forma como conjuga o humano e o técnico, o económico e o cultural, o social e o empresarial. E daí a necessidade de reenquadrar condignamente o ensino artístico em Portugal, devolvendo-lhe o seu verdadeiro lugar na sociedade, conforme o demonstra o relatório recentemente publicado, aqui.