Sunday, February 26, 2012
Thursday, September 30, 2010
Elogio do Norte
O "Norte" de Miguel Esteves Cardoso
O Norte é mais Português que Portugal. As minhotas são as raparigas mais bonitas do País. O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.
Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas.
Mais verdades.
No Norte a comida é melhor.
O vinho é melhor.
O serviço é melhor.
Os preços são mais baixos.
Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia
Estas são as verdades do Norte de Portugal
Mas há uma verdade maior.
É que só o Norte existe. O Sul não existe.
As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta.
Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.
No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?
No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.
Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país
Não haja enganos.
Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.
Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.
Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.
Mas o Norte é onde Portugal começa.
Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.
Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.
Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.
Mais ou menos peninsular, ou insular.
É esta a verdade.
Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.
No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa.
O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.
O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade.
Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.
O Norte é feminino.
O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.
As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos.
Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas.
São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente.
Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial.
O Norte é a nossa verdade.
Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.
Depois percebi.
Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte".
Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.
No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.
O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os- Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.
O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm e dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?
Escrito por Miguel Esteves Cardoso
O Norte é mais Português que Portugal. As minhotas são as raparigas mais bonitas do País. O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.
Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas.
Mais verdades.
No Norte a comida é melhor.
O vinho é melhor.
O serviço é melhor.
Os preços são mais baixos.
Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia
Estas são as verdades do Norte de Portugal
Mas há uma verdade maior.
É que só o Norte existe. O Sul não existe.
As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta.
Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.
No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?
No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.
Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país
Não haja enganos.
Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.
Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.
Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.
Mas o Norte é onde Portugal começa.
Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.
Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.
Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.
Mais ou menos peninsular, ou insular.
É esta a verdade.
Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.
No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa.
O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.
O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade.
Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.
O Norte é feminino.
O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.
As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos.
Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas.
São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente.
Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial.
O Norte é a nossa verdade.
Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.
Depois percebi.
Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte".
Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.
No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima. Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.
O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os- Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.
O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm e dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?
Escrito por Miguel Esteves Cardoso
Sunday, September 19, 2010
Friday, September 17, 2010
Acções de formação em tradução
A Expressão, empresa de tradução especializada, em parceria com o centro de línguas BabeliUM, vai promover, nos meses de Outubro e Novembro, cursos para tradutores nas áreas da contabilidade, economia e finanças.
Contabilidade e análise financeira para tradutores
1 e 2 de Outubro (português/inglês)
5 e 6 de Novembro (português/alemão)
Finanças para tradutores
8 e 9 de Outubro (português/inglês)
12 e 13 de Novembro (português/alemão)
Economia para tradutores
15 e 16 de Outubro (português/inglês)
19 e 20 de Novembro (português/alemão)
Horário pós-laboral: sexta-feira (19h00-22h00); sábado (09h30-12h30; 14h00-17h00)
Estes cursos serão ministrados por Susana Peixoto, Licenciada em Gestão e Mestre em Finanças pela Faculdade de Economia do Porto. Docente universitária nas disciplinas de Economia, Análise Financeira e Projectos de Investimento e formadora certificada pelo IEPF, Susana Peixoto é sócia-gerente da Expressão, uma empresa de tradução especializada na área económico-financeira.
Para inscrições ou mais informações, consulte o site http://www.expressao.pt/engine.php?cat=47.
Contabilidade e análise financeira para tradutores
1 e 2 de Outubro (português/inglês)
5 e 6 de Novembro (português/alemão)
Finanças para tradutores
8 e 9 de Outubro (português/inglês)
12 e 13 de Novembro (português/alemão)
Economia para tradutores
15 e 16 de Outubro (português/inglês)
19 e 20 de Novembro (português/alemão)
Horário pós-laboral: sexta-feira (19h00-22h00); sábado (09h30-12h30; 14h00-17h00)
Estes cursos serão ministrados por Susana Peixoto, Licenciada em Gestão e Mestre em Finanças pela Faculdade de Economia do Porto. Docente universitária nas disciplinas de Economia, Análise Financeira e Projectos de Investimento e formadora certificada pelo IEPF, Susana Peixoto é sócia-gerente da Expressão, uma empresa de tradução especializada na área económico-financeira.
Para inscrições ou mais informações, consulte o site http://www.expressao.pt/engine.php?cat=47.
5º SEMINÁRIO HOT – Hands-on Translation
5º SEMINÁRIO HOT – Hands-on Translation
Investigação em Estudos de Tradução
Numa iniciativa do BabeliUM, Centro de Línguas da Universidade do Minho, o Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da Universidade do Minho acolherá, nos próximos dias 22 e 23 de Outubro de 2010, o seu 5º Seminário HOT na área... da Tradução, subordinado ao tema: Investigação em Estudos de Tradução. O seminário terá a duração de 2 dias e contará com a participação dos seguintes especialistas internacionais, responsáveis pela dinamização de conferências e sessões de trabalho sobre o tema em questão:
· Andrew Chesterman – Universidade de Helsínquia, Finlândia;
· Christina Schaeffner – Aston University, Birmingham, Reino Unido;
· Yves Gambier – Universidade de Turku, Finlândia;
Destinatários: Alunos, recém-licenciados, tradutores e intérpretes, profissionais e professores de tradução/interpretação, investigadores na área dos Estudos de Tradução Línguas de trabalhoInglês e Francês Local do evento
Instituto de Letras e Ciências Humanas
Campus de Gualtar, Universidade do Minho, Braga
Mais informações em http://ceh.ilch.uminho.pt/hot/
Investigação em Estudos de Tradução
Numa iniciativa do BabeliUM, Centro de Línguas da Universidade do Minho, o Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) da Universidade do Minho acolherá, nos próximos dias 22 e 23 de Outubro de 2010, o seu 5º Seminário HOT na área... da Tradução, subordinado ao tema: Investigação em Estudos de Tradução. O seminário terá a duração de 2 dias e contará com a participação dos seguintes especialistas internacionais, responsáveis pela dinamização de conferências e sessões de trabalho sobre o tema em questão:
· Andrew Chesterman – Universidade de Helsínquia, Finlândia;
· Christina Schaeffner – Aston University, Birmingham, Reino Unido;
· Yves Gambier – Universidade de Turku, Finlândia;
Destinatários: Alunos, recém-licenciados, tradutores e intérpretes, profissionais e professores de tradução/interpretação, investigadores na área dos Estudos de Tradução Línguas de trabalhoInglês e Francês Local do evento
Instituto de Letras e Ciências Humanas
Campus de Gualtar, Universidade do Minho, Braga
Mais informações em http://ceh.ilch.uminho.pt/hot/
Sunday, August 15, 2010
O portuga (isso mesmo, com "p" pequeno)
No fim-de-semana em que começa mais um capítulo da novela "Panis et Circensis" (em que o pão escasseia em proporção diametralmente oposta ao espectáculo circense dos nossos futebóis), talvez valha a pena relembrar este tema de Gabriel, o Pensador, com vídeo feito à medida.
E, talvez, mudar os nomes dos personagens, segundo a errata abaixo:
Onde se ouve Brazuca, deve ouvir-se Portuga (please fill in the gaps with the appropriate "cromo do futebol" + flag + merchandising + bandeiras e cachecóis "à la Scolari")
E onde se ouve Zé Trabalha, deve ouvir-se Zé Trabuca (mas não Manduca - Nota do Tradutor). Mas também podia ser Zé Ninguém.
E, talvez, mudar os nomes dos personagens, segundo a errata abaixo:
Onde se ouve Brazuca, deve ouvir-se Portuga (please fill in the gaps with the appropriate "cromo do futebol" + flag + merchandising + bandeiras e cachecóis "à la Scolari")
E onde se ouve Zé Trabalha, deve ouvir-se Zé Trabuca (mas não Manduca - Nota do Tradutor). Mas também podia ser Zé Ninguém.
Friday, July 23, 2010
Dá que pensar
Um alemão, procurando orientação sobre o caminho, pára o seu carro ao lado de outro com dois alentejanos dentro.
O alemão pergunta:
- 'Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen?'
Os dois alentejanos ficaram mudos.
Tentou de novo:
- 'Please, do you speak English?'
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- 'Hablan ustedes español?'
Nada por parte dos alentejanos.
- 'Prego signori, parlate italiano?'
Nenhuma resposta.
- 'Excusez-moi, parlez vous français?'
Nada.
Angustiado, o alemão desiste e vai-se embora.
Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz:
- Talvez devêssemos aprender uma língua estrangeira...
- Mas para quê, compadre? Aquele gajo sabia cinco... E adiantou-lhe alguma coisa?
O alemão pergunta:
- 'Entschuldigung, können sie Deutsch sprechen?'
Os dois alentejanos ficaram mudos.
Tentou de novo:
- 'Please, do you speak English?'
Os dois continuaram a olhar para ele impávidos e serenos.
- 'Hablan ustedes español?'
Nada por parte dos alentejanos.
- 'Prego signori, parlate italiano?'
Nenhuma resposta.
- 'Excusez-moi, parlez vous français?'
Nada.
Angustiado, o alemão desiste e vai-se embora.
Um dos alentejanos vira-se para o outro e diz:
- Talvez devêssemos aprender uma língua estrangeira...
- Mas para quê, compadre? Aquele gajo sabia cinco... E adiantou-lhe alguma coisa?
Thursday, July 22, 2010
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